Primeira experiência de muitos no antigo universo expandido, hoje denominado Legends, a Trilogia Thrawn ainda nos guarda diversas surpresas, mesmo passadas duas décadas do lançamento da história. E algumas dessas curiosidades foram reveladas recentemente por Timothy Zahn, criador do famigerado personagem e autor de incontáveis enredos relacionados a Star Wars.
Aliás, o escritor continua contribuindo para o extenso material da saga. Neste mês de Abril, lá nos Estados Unidos, o primeiro livro de Thrawn pertencente ao cânone da Disney foi publicado, contando sobre o passado do Grão Almirante e fornecendo suporte para o seriado Star Wars Rebels. E justamente em comemoração a Star Wars: Thrawn, Zahn divulgou em seu Facebook fatos interessantes do Chiss mais famoso da galáxia, os quais o Jedicenter mostra agora para você!
O significado oculto no nome de Thrawn
Em 1990, quando comecei a desenvolver o roteiro para o livro Heir to the Empire (Herdeiro do Império), meu pensamento inicial era que Thrawn fosse um pouco psicótico como estresse resultante de ser um não humano na Marinha Imperial dominada por homens. Eu eventualmente abandonei essa ideia (e transferi a psicose para o personagem Joruus C’baoth), mas mantive o conceito do nome: no dicionário escocês, thrawn significa “transtornado”.
Thrawn e o seriado The Man From U.N.C.L.E
Outra influência no nome de Thrawn: eu sempre gostei do som de “thr” na palavra Thrush, que era a organização malvada e sombria da série de TV dos anos 1960 “The Man From U.N.C.L.E”. Para muitos da minha geração, o personagem Napoleon era o nosso primeiro Solo.
A origem do nome Mitth’raw’nuruodo
Na Trilogia Thrawn original, eu não defini a ele (Thrawn) qualquer outro nome: primeiro, último ou do meio. Isso permitiu que a West End Games inventasse o primeiro nome para Thrawn a partir de seu Sourcebook para o Heir to the Empire (Herdeiro do Império). Contudo, esse material foi desconsiderado nos estágios preliminares, então ele nunca chegou a ser impresso. Infelizmente, eu esqueci o que a West End Games bolou para o personagem. Eu criaria subsequentemente seu nome completo e apropriado à raça Chiss, Mitth’raw’nuruodo, na pequena história “Mist Encounter”, publicada no Star Wars Adventure Journal #7 em Agosto de 1995 e posteriormente na edição de Outbound Flight em 2007.
Entretanto, não há nenhum significado oculto para o nome. Eu só queria criar algo que fluísse razoavelmente bem, mas era apenas um pouco estranho para os seres humanos (nós) pronunciarmos. Além disso, é claro, tendo seu nome principal, Thrawn, escondido no meio.
A influência de Sherlock Holmes
Thrawn não foi baseado em nenhuma pessoa em particular, mas era pretendido que fosse uma junção de todos os melhores gênios militares da história. Havia também um pouco de Sherlock Holmes misturado, que colocou o Capitão Pellaeon (e agora Eli Vanto) no papel do Dr. Watson. A parte de Holmes não era deliberada, mas primeiro eu li aquelas histórias na escola primária, e parte de sua influência saiu do meu subconsciente durante o processo de criação.
A primeira aparição dos Chiss
A espécie de Thrawn, os Chiss, foi identificada pela primeira vez como tal em Vision of the Future, o segundo livro da Hand of Thrawn Duology, publicado em 1998. O nome era uma variante de “xadrez” (chess), que parecia apropriado devido às habilidades táticas de Thrawn.
A “Estrela da Morte” de Thrawn
Ao escrever a Trilogia Thrawn, eu queria contar uma história diferente daquela que George Lucas já havia feito tão magnificamente. Parte desse objetivo era não introduzir nenhuma superarma do tipo Estrela da Morte. Foi só mais tarde, depois que a trilogia foi concluída, que percebi que Thrawn efetivamente empregou uma superarma diferente: a informação. Geralmente as únicas vezes que ele perdeu foi quando estava faltando-lhe um pedaço vital da informação.
Thrawn do Legends x Thrawn do cânone
Uma das grandes questões (e preocupações) que ouvi nos últimos meses é se o Thrawn do novo livro é o mesmo que o Thrawn da trilogia original dos anos 90. A resposta é sim; mas no sentido de que você e eu somos as mesmas pessoas que éramos há dez ou quinze anos. A maioria de nós mudou, pelo menos um pouco, durante esse tempo: ficamos mais calmos, mais confiantes ou mais sábios; ou possivelmente menos pacientes, mais meditativos ou propensos a correr riscos. As circunstâncias que agitam e entrelaçam nossas vidas também mudam ao longo do tempo, influenciando-nos mesmo quando os influenciamos. Então sim, ele ainda é Thrawn, mas em um período de sua vida aonde ainda não o vimos. Espero que gostem de ler esta última parte de sua saga, tanto quanto eu gostei de escrevê-la.