Iniciando uma Rebelião #3 – s01e02 – Fighter Flight

Star Wars Rebels chega ao seu segundo episódio regular: uma simples busca por suprimentos, incluindo uma fruta difícil de achar, a meiloorun, tem uma virada inesperada e perigosa quando Zeb e Ezra chamam a atenção de Imperiais e acabam roubando um TIE Fighter. Siga a notícia para ver o nosso review daquele que é, até agora, o episódio mais leve de Star Wars Rebels.

Lembrando sempre que este review assume que você já viu o episódio ou que não se importa de ler spoilers.

Clique aqui para os episódios anteriores.

 Curiosidades:

  1. Esse episódio é a estréia em tela de um brinquedo clássico da empresa Kenner, que saiu entre os lançamentos originais de A New Hope e The Empire Strikes Back, o transporte que o Império usa para levar os prisioneiros.
  2. Entre os desenhos de Sabine na cabine estão caricaturas dos caçadores de recompensa Cad Bane e Embo, de The Clone Wars.
  3. No início do desenvolvimento, a Ministra Maketh Tua, que estreou no episódio Droids in Distress, era a principal imperial envolvida no episódio. No primeiro roteiro ela foi substituída pelo Mestre de Suprimentos Yogar Lyste.
  4. A lista de suprimentos que Hera dá para Ezra e Zeb contém: melão meiloorun, science dip (seja lá o que for isso), waffles espaciais, uma bolsa grande, uma câmera de montaria (riding cam) e d’il pyykkles, que eu suponho ser algum picles wookiee.
  5. O termo meiloorun apareceu pela primeira vez no libro X-Wing: Wedge’s Gamble de Michael Stackpole, publicado pela Bantam Books nos EUA em 1996.

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Opinião do M’Y: O episódio já começa com Ezra tentando testar seus poderes e Chopper, praticamente um R2-DTroll, tirando uma com a cara do jovem aprendiz. Podemos perceber já por esta cena que Kanan continua enrolando para iniciar o treinamento de Ezra – aguardem o episódio s01e03! Enquanto Ezra persegue o dróide, temos mais uma das tentativas dele de impressionar Sabine, que é dois anos mais velha. Qualquer homem sabe que aos 14 anos seria quase impossível chamar a atenção de uma garota de 16, e na GFFA (galaxy far, far away) não é diferente. Essa é apenas uma pausa para que vejamos o início da real confusão: Ezra e Chopper entram no quarto que Ezra divide com Zeb, e o lasat já não aguenta mais Ezra se gabar de ter salvo a vida dele no episódio anterior. Isso é interessante, pois apesar de Rebels não ter apresentado arcos, como era comum em sua predecessora, dá um senso de continuidade da série.

A queda da cama de Ezra em cima de Zeb, causada pelo R2-DTroll, só piora a situação (além de dar uma ideia interessante para Sabine), fazendo com que Hera expulse os dois da nave com uma lista de compras – falando para que não voltem sem um melão meiloorun, que nenhum percebe que não cresce em Lothal. Os dois seguem para a cidade de Kothar, onde conhecemos então Morad Sumar, um velho fazendeiro da região e que conhecia os pais de Ezra. Descobrimos que o Mestre de Suprimentos Yogar Lyste quer comprar a fazenda de Sumar, que o velho nega pelo que aparenta ser a n-ésima vez.

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Ezra pelo jeito não é exatamente eficaz, já que Zeb comprou tudo enquanto tudo o que o garoto conseguiu foi ganhar uma fruta jogan. Quando os dois veem que a fruta que eles querem está nas mãos do Império é que a confusão começa. Ezra tenta usar a Força, mas o resultado ainda é pequeno. Confesso que me incomoda um pouco o efeito sonoro de magia da Sininho (sim, a do Peter Pan). A insistência de Ezra faz com que eles sejam perseguidos por imperiais e que Zeb seja obrigado a jogar os suprimentos fora.

A perseguição faz com que eles se separem e Zeb fica entre dois stormtroopers e o Barão Valen Rudor em um TIE Fighter. Se você viu os curtas que servem de prequels para a série, viu o Barão ser derrubado  pela Ghost e depois ser enganado por Ezra no curta Property of Ezra Bridger. O Barão supostamente é um famoso piloto imperial na Orla Exterior, o que não fica exatamente evidente pela facilidade com que Zeb o remove da nave. E aí começa a diversão. No vídeo do site oficial que você encontra ao final desse artigo, Dave Filoni explica que quando era criança ele brincou várias vezes de colocar os heróis no comando de um TIE Fighter e que foi daí que veio a ideia deste episódio.

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Zeb salva a vida de Ezra, mas não sem antes garantir que os dois estavam quites. Confesso ter ficado com dó do cidadão que teve a venda destruída. Pudemos ainda ver as habilidades naturais de Ezra com a Força salvando os dois do que seria a morte certa ao fazer o pseudo-wookiee desviar de uma formação rochosa na última hora.

Cortamos para a Ghost e vemos Kanan e Chopper jogando dejarik. Confesso que a primeira vez que vi a cena, fiquei apenas observando a animação do jogo e não prestei atenção em nada. Mas a cena em si é engraçada: Hera e Kanan agem praticamente como pais de Ezra e Zeb e os dois agem como se fossem os filhos tentando encobrir uma cagada. Não sei até que ponto gostei de Zeb agindo assim, fazendo cara de gato do Shrek já que descobrimos no episódio anterior que ele fazia parte da Guarda de Honra dos lasat.

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Temos logo em seguida uma demonstração da violência gratuita utilizada pelo Império para manter o controle dos territórios da Orla Exterior. Muitas vezes fico pensando se a estratégia nos planetas do centro da galáxia era a mesma, coisa que eu duvido muito, tendo em vista a necessidade de esconder as coisas do Senado Imperial. Quando Ezra e Zeb estão voltando para o ponto de encontro, acabam avistando de longe a fumaça da destruição da fazenda de Sumar, mas chegam atrasados: o comboio já partiu.

Quando alcançam o transporte, temos a primeira vez que Ezra conscientemente usa a Força para libertar Sumar, a esposa e mais um alien, numa cela similar em espírito à Luke conseguindo pegar seu sabre-de-luz em TESB. Fiquei pensando do que adiantou liberá-los, provavelmente tendo que viver em Tarkintown (o pequeno vilarejo que apareceu no filme Spark of Rebelion, formado por fazendeiros que perderam suas terras quando o Império precisou) na miséria.

Eu confesso que queria saber o motivo de Ezra ainda usar aquele estilingue, se não faz nada: atirar melões ajudou mais! Um dos reviews gringos que lá apontou algo muito interessante: Stormtroopers, não sendo mais clones e sim pessoas, possuem uma capacidade muito maior de empatia e surpresa. Podemos ver isso quando o trooper para e, pasmo, fala: “Espera, você fez tudo isso… por uma fruta!?”

O episódio termina com os dois acabando com a rusga da dívida, embora podemos esperar outras rusgas futuras – e aparentemente iniciando uma amizade, que os dois dubladores definem como uma relação de irmão mais velho com mais novo. Acabamos não descobrindo o que eles fizeram com o TIE Fighter, mas o site oficial nos deu uma dica em uma arte conceitual.

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E aí descobrimos o que Sabine fez com a inspiração que recebeu, reiniciando a briga, desta vez entre os dois e Chopper.

Conclusão: Após duas histórias com significado, o segundo episódio regular de Rebels, Fighter Flight, nos tira um pouco da tensão de um grupo perseguido pelo Império em um planeta quase insignificante politicamente. Fighter Flight é aquele episódio que não é necessário rever se você está interessado na história geral da série, praticamente um filler, mas é um filler que apresenta desenvolvimento das personagens. Estabelece alguns pequenos fatos importantes e coloca dois novos vilões imperiais na história: Barão Valen Rudor e o Mestre de Suprimentos Yogar Liste. Os dois certamente trarão problemas para os nossos rebeldes novamente – e eu espero que o Barão finalmente mostre a que veio. Fighter Flight é a calma antes da tempestade, que deve chegar no próximo episódio, com a apresentação do Inquisidor!

Nota: 7.0 de 0 a 10

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 STAR WARS.COM REBELS RECON #3

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