Iniciando uma Rebelião #8 – s01e07 – Gathering Forces

Não esquecemos de Rebels não! O Dia do Império não acabou! Descobrimos que Ezra Bridger nasceu exatamente no dia da fundação do Império e que seus pais podem estar vivos! Porém, o Inquisidor segue atrás dos nossos rebeldes favoritos (depois de Luke, Han, Leia, Lando e Chewie, claro) tentando impedir que Kanan e seu Padawan escapem. Siga-nos nesta fuga impressionante.

Lembrando sempre que este review assume que você já viu o episódio ou que não se importa de ler spoilers.

Clique aqui para os episódios anteriores.

Curiosidades:

  1. O dispositivo de localização XX-23 S-Thread é uma peça de tecnologia detalhada inicialmente no Rebel Field Guide, um livro de RPG publicado pela West End Games em 1991.
  2. O logo na carcaça da Phantom em que o dispositivo de localização se atraca é uma lembrança do logo da Allied Van Lines, uma empresa americana de trens, que existia em um dos modelos originais da Millenium Falcon que a ILM utilizou na Trilogia Clássica. O número 54 no mesmo logo é uma referência à rodovia interestadual que passa pela casa do artista conceitual Amy Beth Christenson no Kansas, EUA.
  3. Este episódio marca a primeira aparição do capacete de cadete customizado de Ezra, que Sabine pintou para ele.
  4. A Phantom não tem um hiperdrive, portanto, a manobra de sair do hiperespaço é extremamente perigosa.
  5. O Star Destroyer do Almirante Kassius Konstantine é chamada de Relentless, algo como Implacável, em português.
  6. Este episódio marca a primeira aparição da nave de transporte classe Sentinel (Sentinela) na série. Essa nave foi desenvolvida para a Edição Especial de Star Wars.
  7. A nave tipo blockade runner vista neste episódio não é a Tantive IV vista no episódio s01e01, Droids in Distress. Aqui adicionando uma pequena curiosidade sobre o Episódio III: apesar de termos a impressão que a nave de Bail Organa no filme ser a Tantive IV que vemos no início do Episódio IV, não é. Na época das Clone Wars, Bail Organa utilizava uma nave de nome Sundered Heart. Pela aparência, a nave deste episódio também não é a Sundered Heart.
  8. O gigantesco fyrnock que Ezra chama através da Força foi simplesmente chamado de “Fyrnock Mama” na produção.

tseebo

Opinião do M’Y: 
Gathering Forces inicia praticamente onde Empire Day termina, com o Inquisidor e mais 4 TIE Fighters perseguindo a Ghost. Ezra precisa de Chopper, mas o dróide C1 já começa o embate fora de ação. Zeb tenta compensar, mas Sabine é necessária. A Mandaloriana parece bastante preocupada com Ezra, enquanto o jovem Padawan parece negar a possibilidade de que seus pais não estejam mortos. Eu sempre tenho a impressão que as batalhas espaciais de Rebels são mais lentas, e isso me incomoda e tira do clima.

Tseebo revela que poderia ter salvo os pais de Ezra, mas foi covarde, o que faz com que o garoto demonstre raiva do Rodian, não conseguindo perdoá-lo. Neste meio tempo, o Inquisidor consegue colocar um rastreador na nave antes que a Ghost entre no hiperespaço. Isso permite que o caçador de Jedi siga mestre e aprendiz. Aliás, é notória a falta de interesse dele pelos outros rebeldes, focando apenas no dois Jedi. Pra quem acompanha a série e meus textos, eu sempre gosto de lembrar que Kanan não tem o conhecimento de Anakin ou Obi-Wan, mas sim parecido com o de Ahsoka no começo de The Clone Wars.

A raiva de Ezra fica clara, mas tanto Kanan como a Mandalorian apontam que embora Tseebo tenha errado com os pais de Ezra, ele com certeza está tentando ir contra o Império por dentro: os implantes que tomaram a mente do Rodian são por voluntariado, implicando que ele foi voluntário, copiou os dados e fugiu. A coisa mais curiosa é que o hack que ele fez na rede imperial é atualizado o tempo todo, então, de fato, ele não só copiou dados, mas tem uma conexão direta com o Império. Meu lado engenheiro se revirou nesse momento, pois qualquer especialista de IT do Império deveria ser capaz de cortar essa conexão.

Quando eles descobrem o rastreador, tem a sorte de estar no casco da Phantom, o pequeno starfighter que fica conectado à Ghost. Kanan então tem uma ideia: ele e Ezra desconectarão a Phantom dentro do hiperespaço e atrairão os imperiais para longe da Ghost, permitindo que Tseebo seja salvo – algo que Ezra não está lá muito afim de participar.

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A saída do hiper-espaço é algo supostamente muito perigoso, mas não acaba sendo muito bem retratado no episódio. Kanan planeja utilizar a prática para fazer Ezra aprender a se conectar com seres vivos: os fyrnocks que Hera e Sabine encontraram dois episódios antes. Aqui devo notar que o time de história da Lucasfilm fez um excelente trabalho em usar o menor orçamento em relação à The Clone Wars para ser criativo e trazer um senso de conectividade à história (recentemente, Dave Filoni, produtor executivo de ambas as séries, confirmou que hoje seria impossível eles fazerem um episódio como foram os dois do pseudo-Godzilla chamado Zillo e também que este cenário já havia sido criado para a sexta temporada e foi reutilizado em Rebels). A teoria de Kanan de que Ezra aprende melhor na prática leva a uma boa cena, onde realmente parece que os dois serão atacados, até que o garoto perdoa Tseebo (e o Rodian responde) e isso faz com que os fyrnocks entrem em sintonia com os Jedi.

Temos aqui a segunda aparição do misterioso Fulcrum, contato de Hera que já apareceu anteriormente. Tento considerar neste review aqueles que ainda não sabem a identidade, revelada no último episódio da temporada. Neste episódio, a presença de uma blockade runner faz todos pensarem que se trata de Bail Organa, num movimento deliberado da produção da série, já que o próprio Bail aparece logo no primeiro episódio regular. Sabine e Zeb querem saber quem é Fulcrum, mas Hera ainda não deixa. Ao entregar Tseebo, ele revela para Hera o destino final dos pais de Ezra, algo que ainda não sabemos – e nem saberemos nesta temporada. É uma pequena dica do que está por vir no segundo ano da série.

O Inquisidor pousa com vários stormtroopers, avisando que quer eles vivos. Conectados com os fyrnocks, os dois Jedi utilizam as bestas para derrotar os stormtroopers, mas eles são ineficazes contra alguém treinado na Força. Kanan e o Inquisidor começam uma luta de sabres enquanto Ezra continua a controlar os bichos. A já conhecida superioridade do Pau’an se torna novamente clara com a vitória fácil sobre Kanan. Isso faz com que Ezra enfrente diretamente um ser muito mais forte, que tenta converte-lo para o lado negro. A raiva do jovem acaba atraindo mamãe fyrnock, que não está nada feliz. Ela não consegue vencer o adversário, mas dá tempo suficiente para Kanan resgatar Ezra e fugir – deixando ainda o Inquisidor e os troopers sobreviventes sem uma nave.

Essa cena acaba servindo de ponte para o próximo episódio, onde Kanan tentará ensinar para Ezra o que ainda não ensinou: lidar com o Lado Negro. O garoto precisa de tempo, mas Sabine acaba conseguindo chegar perto e lhe dar um presente: um disco holográfico com uma foto de Ezra com seus pais.

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Opinião do M’Y: Gathering Forces não é tão bom quanto seu predecessor, mas apenas de maneira marginal: Empire Day nos trouxe um conhecimento do funcionamento do dia a dia do Império que não possuíamos. Gathering Forces deixou pistas sobre como neste novo cânone os rebeldes podem ter conseguido muitos planos do Império e ganho vantagens estratégicas. Sim, eu sei que vocês pensaram na Estrela da Morte, mas a recente série de HQ da Marvel Star Wars: Vader parece implicar que foi Darth Vader que deixou os planos chegarem aos rebeldes. Falaremos disso em um artigo programado para abril. Além desta participação de Tseebo, outra coisa importante é a identificação de que Kanan tem que mudar o treinamento de Ezra. Já veremos isso no próximo episódio, desde já um dos meus favoritos em toda a história animada da saga!

Nota do M’Y: 7.0 de 0 a 10

STAR WARS.COM REBELS RECON #8

 

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