Contando as Guerras Clônicas – Especial “The Lost Missions” (6ª Temporada )

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A sexta temporada de The Clone Wars chegou ao NetFlix americano e aos sites de torrone do mundo todo. Desde o nosso especial de quinta temporada o projeto ficou parado. Como dificilmente conseguirei voltar a isso de maneira correta, vamos fazer este como o final das guerras clônicas (e fazer direito o da rebelião). Como já esperávamos no especial de quinta temporada, Ahsoka Tano não está presente e de fato o que temos aqui são 13 episódios de conteúdo bônus, que já estavam prontos quando a Disney cancelou The Clone Wars e a não-lançada Detours. Isso tanto é considerado bônus que o próprio site oficial de Star Wars não chama de 6ª temporada.

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1º Episódio – The Unknown (O Desconhecido)

Biscoito da sorte Jedi: “A verdade sobre si mesmo é a mais difícil de aceitar.”

Sinopse: Clone trooper Tup sucumbe a uma misteriosa doença mental que resulta na chocante morte de uma Mestre Jedi. Incapaz de responder por seu assassinato, Tup é sedado e enviado de volta para Kamino para ser examinado. Enquanto isso, o Almirante Trench dos Separatistas informa Conde Dooku da traição e está convencido que o assassinato vem de algo mais profundo. Anakin Skywaker e o ARC Trooper Fives acompanham Tup, mas a viagem de volta deles é emboscada por separatistas.

Curiosidades:
1 – O conceito de um planeta cercado por uma estação espacial em formato de anel surgiu durante a fase de design de A Vingança dos Sith.
2 – As cores do COmandante Clone Doom são baseadas no vilão clássico da Marvel Doutor Doom.
3 – As Jedi Tiplee e Tiplar são baseadas em um conceito de Sith Lord que Iain McCaig desenvolveu para O Ataque dos Clones.
4 – O Almirante Trench apareceu anteriormente em Cat and Mouse, episódio 16 da 2ª temporada e que é o primeiro episódio da série em ordem cronológica (clique aqui).

Opinião do M’Y: Quem diabos pensou em fazer uma estação espacial em volta de um planeta? Será que se esqueceram que supostamente a Estrela da Morte é “grande demais pra ser uma estação espacial”? Tirando esse dois detalhes, o episódio é bom. Aliás, o arco como um todo é necessário para a saga, dado o fato de que a traição dos clones apenas ao ouvir “Executem a Ordem 66” é muito mal feita em ROTS. O fato de Tup e Fives serem os clones principais da história e de que a Ordem 66 é “ativada” antecipadamente em Tup ajuda a trazer uma certa familiaridade. Qualquer clone poderia ter sido usado, mas Tup e Fives são clones que os fãs acompanharam durante a série: Fives desde seu treinamento em Kamino até se tornar a elite do exército republicano enquanto Tup surgiu na fantástica tetralogia onde a 501st teve como comandante o General Pong Krell. O retorno do Almirante Trench vale mais como curiosidade, mas é melhor do que criarem outro separatista genérico. Gostaria eu que tivessem usado um Jedi já conhecido como o morto, mas optaram pela criação de duas gêmeas (que em nada se parecem). Tiplee e Tiplar? Que nomes horríveis pra gêmeas! Me deixou muito curioso para ver o próximo episódio.

Nota do M’Y: 7.5 de 0 a 10.

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2º Episódio – Conspiracy (Conspiração)

Biscoito da sorte Jedi: “O sábio se beneficia de uma segunda opinião”

Sinopse: Nos laboratórios de Kamino, o doente clone Tup e seu amigo ARC Trooper Fives são colocados em quarentena para exames seguindo o chocante assassinato de uma Mestre Jedi por Tup. Com a ajuda do dróide médico AZI-3, Fives está determinado a chegar ao fundo da condição de Tup e descobrir um segredo escondido bem fundo no programa de Clones da República.

Curiosidades:
1 – A Kaminoan Nala Se apareceu anteriormente na trilogia Malevolence, no início da primeira temporada. Aqui se revela que ela foi uma das principais engenheiras do programa de clones.
2 – Fives menciona a ajuda de Shaak Ti em seu treinamento, no episódio Rookies da 3ª temporada.

Opinião do M’Y: Em que mundo deixam um doente em estado grave tomar chuva? Kamino! Na verdade não existe muito o que falar deste episódio, já que ele acabou servindo mais como uma ponte do uma parte realmente importante da história, com três exceções. Na primeira, vemos aqui uma curiosidade interessante, que nunca havia aparecido na série: os clones e a engenharia genética deles são propriedade do governo de Kamino! Juridicamente isso quer dizer muita coisa! A segunda coisa é que há um chip inibidor cedido por Dooku para os Kaminoans. A terceira é que Syfo-Dias supostamente sabia desse chip. Fica a curiosidade sobre esses dois últimos pontos para o próximo episódio. A melhor parte, para mim, foi a adição do androide AZ-3, dando um pouco de humor para um episódio com um tema tão sombrio. Destaque para a fala: “Eu sempre quis ter sentimentos humanos. Mas não tenho. Até!”.

Nota do M’Y: 7.0 de 0 a 10.

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3º Episódio – Fugitive (Fugitivo)

Biscoito da sorte Jedi: “Quando em dúvida, vá até a fonte.”

Sinopse: O corpo do clone trooper Tup é agendado para ser enviado para Coruscant, onde os médicos pessoais do Chanceler Palpatine vão examina-lo de perto. O ARC Trooper Fives quebra o protocolo e desobedece ordens para conseguir respostas, e descobre que há um construto orgânico de propósito desconhecido nos cérebros de todos os clone troopers.

Curiosidades:
1 – O chip inibidor, de acordo com o site oficial, segue o que Lama Su disse para Obi-Wan em AOTC: “Nós modificamos a estrutura genética deles para que eles sejam menos independentes do que o original.” De acordo com o site oficial, fica evidente que o chip inibidor faz mais do que apenas isso.
2 – Os caçadores de recompensa Bric e El-Les, que treinaram Fives e seus companheiros, são vistos nos corredores de Kamino.

Opinião do M’Y: O terceiro episódio foi, até agora, o melhor da temporada (tenha em mente que estou escrevendo enquanto assisto). Neste episódio, Shaak Ti resolve se opor à engenheira Nala Se, corrigindo-a e informando-a que os clones são sim propriedade da República e não um simples empréstimo como o episódio anterior dava a entender. Há um benefício em ter episódios centrados em personagens que, embora conhecidos do público da série, não aparecem nos filmes: eles tendem a ser mais emocionantes partindo do simples fato de que você não sabe o futuro deles. Fosse o Comandante Cody no lugar do ARC Trooper Fives e o episódio teria sido menos emocionante. É curioso ver a tensão que existe entre os Jedi e os Kaminoans: clones são os negócios dos Kaminoans, os Jedi são os clientes, porém há um cliente maior que os Kaminoans obedecem enquanto fingem obedecer aos Jedi (toda vez que um episódio passa por Kamino eu me pego pensando para quem os Kaminoans vendiam clones antes). Chega ao ponto em que a engenheira não tem mais o que falar e protesta simplesmente por protestar, como se fosse uma criança fazendo birra.

Nota do M’Y: 9.0 de 0 a 10.

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4º Episódio – Orders (Ordens)

Biscoito da sorte Jedi: “A crença popular nem sempre é a correta.”

Sinopse: Fives continua atrás de respostas sobre a contaminação de clones e consegue uma audiência com o Chanceler Palpatine. Mas a situação rapidamente desmorona quando ele é acusado de atacar o Chanceler e deve se esconder nos confins de Coruscant enquanto é perseguido por seus companheiros clones.

Curiosidades:
1 – A estrutura onde o Fives é analisado é a mesma onde Darth Vader é reconstruído em sua forma cibernética em ROTS. Embora a sala seja muito parecida, não é a mesma.
2 – Na entrada do hospital é visto um design de droid FX-7, o mesmo que aparece nas salas médicas da rebelião em ESB.
3 – O motorista de táxi se chama Jay Igno, cujo nome é uma referência ao reverendo Jim Ignatowski, personagem de Christopher Lloyd na sitcom Taxi, exibida nos EUA entre 1978 e 1983.
4 – Assim como em AOTC, é possível ver uma corrida de pods em uma das telas da cantina.
5 – Um dos clones propõe um brinde à 212th, a unidade de clones comandada por Cody e que aparece com Obi-Wan em ROTS.

Opinião do M’Y: Com um terceiro episódio como o que tivemos, comecei o quarto episódio muito curioso com o final do arco. Conforme o episódio anterior, Nala Se continuou fazendo o possível para impedir que a verdade chegasse aos Jedi, drogando Fives, algo que repercutirá no episódio todo. Alguém notou como a nave de transporte é extremamente parecida com a do primeiro trailer do jogo The Old Republic?
Neste ponto, estamos tão próximos do Episódio 3, que Palpatine toma muito menos cuidado do que tomava anteriormente com seus reais princípios e sua identidade: a guerra está chegando ao final e os Jedi pouco podem fazer entre um exército abertamente inimigo e outro que eles sabem que surgiu de maneira muito estranha, mas que é o único que podem usar contra o inimigo aberto. A própria tentativa da Mestre Shaak Ti no episódio anterior de levar os chips primeiro para os Jedi (e que aparentemente não deu certo antes do início deste episódio) denota a crescente falta de confiança dos Jedi no Chanceler.
A cena de Shaak Ti meditando me fez, de início, imaginar que ela estava se focando no que estava acontecendo dentro da sala. Porém logo fica claro que isso não é o que estava acontecendo. Mesmo sabendo que a Ordem 66 é inevitável, quando a Mestre Jedi parte em perseguição senti um certo aperto no peito, similar ao quando vejo as cenas da morte dos Jedi em ROTS. A cena com o taxista só faz sentido mesmo enquanto homenagem ao grande Christopher Lloyd, enquanto a passagem no bar foi apenas necessária, principalmente considerando a facilidade com que Fives escapou dali.
Diferentemente do que seria esperado, Anakin já chega claramente decidido de que Fives é uma ameaça, como dá pra perceber pela maneira como fala e a impressão de que Fives está louco fica acentuada pela voz do clone drogado. Quando Fives acusa o Chanceler, o fato de Anakin ter sido o escolhido para investigar é o que impede os Jedi de chegarem antes da hora à conclusão correta. Enquanto 99% dos Jedi ao menos ficariam em dúvida com as afirmações de envolvimento do Chanceler, Anakin se recusa a acreditar.
A cena da morte de Fives é provavelmente a cena de morte mais chocante e sentimental da série – dentre todos os mortos em mais de 100 capítulos, nenhum teve tanto tempo de tela e a história tão bem desenvolvida quanto Fives. Daí pra frente o final serviu apenas para desviar os Jedi e para mostrar que Dooku sabia mais do que imaginávamos. No fim, mais um excelente episódio, que manteve o nível do anterior.

Nota do M’Y: 9.0 de 0 a 10.

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5º Episódio – An Old Friend (Um Velho Amigo)

Biscoito da sorte Jedi: “Amar é confiar. Confiar é acreditar.”

Sinopse: Enquanto está em Scipio para conseguir fundos para uma missão de caridade, Padmé é chamada por um velho amigo, Rush Clovis, para ajudar a desmascarar a corrupção do Clã Bancário. Eles devem fugir do caçador de recompensas Embo para sair do planeta com as informações incriminadoras.

Curiosidades:
1 – O personagem Nix Card, que já havia aparecido em Heroes on Both Sides da 3ª temporada teve sua altura reduzida (anteriormente era 2,46m) para que sua interação com humanos ficasse melhor.
2 – O Senador Rush Clovis já havia aparecido em Senate Spy da 1ª temporada enquanto Mak Plain apareceu anteriormente em Pursuit of Peace da 3ª.
3 – Tudo o que envolve o Clã Bancário é baseado na Suíça, nação conhecida por seus bancos e histórico de neutralidade em épocas de guerra. Os alpes do planeta Scipio são baseados nos alpes suíços e as estruturas são baseadas nos relógios suíços.
4 – O transporte de Rush Clovis possui o mesmo nome de seu planeta, Scipio, o que denota nacionalismo.
5 – Clovis acha que Anakin é apenas um piloto e não um Jedi, pois é como Clovis conheceu Anakin em Senate Spy, fingindo ser piloto pessoal de Padmé.
6 – Antes deste episódio, Teckla oficialmente sobreviveria às Guerras Clônicas.
7 – Este episódio estava originalmente previsto para ser o 5º da 5ª temporada.

Opinião do M’Y: Assisti a este episódio uma vez e meia. Não por vontade, pois é raríssimo que tenha vontade de assistir novamente episódios centrados na Padmé. Porém, como fui obrigado a parar na metade e só voltar a assistir 2 dias depois, resolvi recomeçar. Talvez por ter me dado ao direito de assistir a um episódio da comédia How I Met Your Mother, fui com bom humor ver este episódio. Dos episódios onde Padmé é uma das personagens centrais, este foi divertido de assistir, principalmente a segunda metade, após passar a parte de explicações políticas.
Esta primeira parte do episódio sofreu também (e principalmente) com a cabeça de azeitona da representante de Naboo: poucas personagens mudam tão rápido de posição com tanta facilidade e com tão poucos argumentos. Controlar Padmé Amidala é provavelmente mais fácil do que controlar Jar Jar Binks
Gostei de fato da parte final, apesar de já não respeitar mais Anakin enquanto um Cavaleiro Jedi faz tempo. O ciúmes dele com Clovis, que já teve um relacionamento com Padmé antes de AOTC, teve um certo humor. E a participação de Embo como o caçador de recompensas adiciona aquela sensação boa de continuidade: embora não saibamos quase nada sobre o Kyuzo, é o 8º episódio onde o caçador aparece e isso aumenta a nossa relação com o episódio. Confesso que até torci por ele no final. Algo que fiquei me perguntando, é se poderia haver outro caçador de recompensa no lugar de Embo se o episódio não tivesse sido produzido para a 5ª temporada. Me perguntei se poderíamos ter visto Ventress ou até Ahsoka fazendo o papel que coube a Embo – isso, claro, se o mandante não fosse Sidious.
Fiquei apenas em dúvida sobre o que a falha de Embo no final traria de benefício para Sidious/Palpatine. Usar ele como desculpa para levar a guerra para Scipio já teria bastado o ataque à Senadora.

Nota do M’Y: 5.5 de 0 a 10.

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6º Episódio – The Rise of Clovis (A subida de Clovis)

Biscoito da sorte Jedi: “Inveja é o caminho para o caos.”

Sinopse: De volta a Coruscant, Clovis – conhecido traidor da República – faz um acordo duvidoso que o coloca como chefe do Clã Bancário

Curiosidades:
1 – No quarto de Anakin há um poster de corrida de pods que contém Sebulba e Ben Quadrinaros.
2 – Assim como Luke possui uma T-16 em seu quarto e brinca com ela, Anakin também possui um modelo em escala de uma nave (um protótipo de Jedi Interceptor).
3 – Inicialmente a cena em que Dooku entrega uma mensagem para Clovis seria bem mais complicada. Haveria um droid holográfico, como PROXY do jogo The Force Unleashed.
4 – Apesar de os créditos e o script dizerem que é o Senador Zinn Paulness, na verdade é o Senador Mot-Not Rab que diz “Como podemos confiar em você?”.

Opinião do M’Y: Você leitor que chegou até aqui deve estar fresco na memória que eu disse logo acima que estava de bom humor após ver uma comédia quando assisti o episódio anterior. Pois é. Os episódios 6 e 7 não tiveram tal sorte (e nem a nota do episódio 5). Assisti os 2 para poder dizer que vi todos os mais de 200 episódios e também para poder fazer este artigo. Porém, os dois foram tão chatos e dispensáveis (como a maioria dos episódios focados em política) que estou escrevendo isso depois de ter terminado todo o restante do artigo. Quase ninguém se importa o suficiente com o casal Anakin e Padmé e menos gente ainda se importa com o cara que faz eles brigarem. Curiosamente eu tive que parar uma música chamada Space Police de uma banda alemã chamada Edguy para repassar este episódio de The Clone Wars e ter o que escrever além do meu sentimento de que não quero.
Só o início, “corrupção no Clã Bancário”, já mata qualquer fã de tédio. Alguém aí se importa com um Muun qualquer estando em risco? Principalmente um que trabalha para Sidious. A coisa cai pra uma discussão entre senadores sobre créditos para Conde Dooku e uma crise de ciúmes de Anakin no local mais inapropriado possível.
A única cena interessante aqui é a discussão de Anakin com Obi-Wan, onde Obi-Wan é extremamente aberto sobre seu relacionamento com Satine e Anakin não confia o suficiente em seu mestre para lhe dizer a verdade – mesmo com até Mestre Yoda percebendo.
Alguém sabe me explicar o motivo de uma mulher supostamente inteligente como Padmé ir para a ópera com um ex-namorado tendo um marido ciumento quando algumas horas antes tentava convencê-lo de que era apenas trabalho? Isso me lembra Dexter explicando para Leia quem é a Rainha Amidala no trailer de Detours: “Essa é a Rainha Amidala: grande política e com péssimo gosto em moda, cabelo e homens e mau julgamento em todas as áreas da vida exceto política. Ela está morta!”
A coisa desanda ainda pra um drink, memórias do namoro, coisas da vida dele que qualquer ex-namorada saberia e por aí vai e um quase beijo quando um Jedi ciumento entra. Clovis, no topo de toda a sua inteligência, chama o Jedi para a luta. Sério, que tipo de idiota acha que consegue bater no soco em um cara que tem anos de treinamento em batalha e está a quase 3 anos no front de batalha de uma das piores guerras que a galáxia já viu? Aí em um mundo 300 vezes mais avançado que o nosso, inventam uma história que qualquer câmera de segurança conseguiria desmentir.
Partimos então para uma super empolgante discussão de relacionamento. Depois temos um discurso de Dooku para Clovis, com informações que fazem com que ele suba de repente ao posto de manda chuva do Clã Bancário em uma empolgante votação do Senado.

Nota do M’Y: 4.5 de 0 a 10.

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7º Episódio – Crisis at the Heart (Crise no Centro)

Biscoito da sorte Jedi: “A enganação é a arma da ganância.”

Sinopse: A maneira de Rush Clovis tratar os Separatistas dá errado e traz guerra para o planeta bancário de Scipio.

Curiosidades:
1 – Com seu capacete adornado com asas e um blaster chamado “Martelo”, o Comandante Thorn é uma homenagem ao personagem clássico da Marvel Comics Thor.
2 – O super droid tático conhecido como Kraken ou se recuperou de sua decapitação do episódio The Unknown da sexta temporada ou é uma nova versão.
3 – A Senadora Riyo Chuchi é vista no Senado, aparentemente votando pela invasão de Scipio com algum entusiasmo.
4 – Bec Lawise, do Senado Separatista, foi visto anteriormente no episódio A Friend In Need da quarta temporada.
5 – Em uma previsão do que viria a se tornar, a Senadora Mon Mothma é vista desaprovando o fato de os Muuns cederem o Clã Bancário para o Supremo Chanceler Palpatine, fato que dá a ele o poder econômico de montar o Império.

Opinião do M’Y: Assistir de novo esse episódio e logo após o anterior é quase que uma tortura num feriado. De repente 5 representantes são substituídos por apenas Rush Clovis, algo muito anormal em qualquer empresa do mundo real. Quando Clovis vê que está nas mãos de Dooku, é obrigado a aumentar os juros dos empréstimos da República e, de repente, os senadores que aprovaram ele estão todos dizendo que avisaram.
Seguimos para uma boa cena de ação na invasão dos Separatistas, uma pena que durou pouco – embora fosse de se esperar que um número diminuto de clones fosse logo perder para uma invasão em escala. Quando finalmente temos a decisão de invasão, podemos ver que o Conselho Jedi não teve qualquer poder de interferir na decisão de Palpatine de enviar Anakin Skywalker em uma missão tão delicada. Novamente a batalha espacial foi mais curta do que um fã de Star Wars gostaria, afinal, olhe o nome da franquia. E aí Clovis faz a cagada final, a cerja do bolo: coloca uma arma na cabeça da única pessoa que podia salvá-lo. O que mais se poderia esperar de alguém que fez tudo o que fez? Quando Clovis finalmente resolve se jogar, não há o que fazer e nenhum espectador vai se importar o suficiente com ele – talvez apenas crianças que estejam vendo a série.
Quando o senador Muun entrega o Clã Bancário nas mãos de Palpatine, a guerra está virtualmente acabada: sem dinheiro, mesmo que a guerra não tivesse sido planejada, seria o fim dos Separatistas, sobrando apenas a opção de um desesperado ataque final – o que vemos acontecer no início de ROTS. E aí, sem os Separatistas, com o dinheiro na mão de Sidious, temos o começo econômico do vindouro Império Galáctico. Pela segunda parte do episódio, mereceu uma nota melhor do que os 2 antecessores.

Nota do M’Y: 6.0 de 0 a 10.

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8º Episódio – The Disappeared, Part I (Os Desaparecidos, Parte I)

Biscoito da sorte Jedi: “Sem a escuridão não é possível haver luz”

Sinopse: O pacífico mundo de Bardotta e suas tradições místicas estão ameaçados por uma antiga profecia e seus principais líderes espirituais desapareceram. A Rainha Julia de Bardotta clama pela ajuda de seu maior aliado no Senado, Jar Jar Binks. Reconhecendo a importância do balanço espiritual de Bardotta, o Conselho Jedi envia Mace Windu para acompanhar Jar Jar e investigar.

Curiosidades:
1 – O assento livre no Conselho Jedi era anteriormente da Jedi Adi Gallia, que morreu na 5ª temporada, morta por Savage Opress.
2 – O episódio marca a primeira aparição do Mestre Oppo Rancisis no Conselho Jedi, pois apesar de estar no Conselho desde The Phantom Menace, Oppo nunca apareceu na série.
3 – Mace falando para Jar Jar não tocar em nada ecoa a mesma fala de Qui-Gon para o Gungan em TPM.
4 – Embora não seja falado em diálogo, o líder do culto Frangawl é o Alto Senescal Peteen, algo que ecoa o papel de Chattar Lal, Primeiro Ministro de Pankot também ser um Thuggee, em Indiana Jones e o Templo da Perdição.
5 – A espécie Bardottan apareceu anteriormente em TPM na forma de Mars Guo, um piloto de pods. O fato de Mars Guo não se identificar como Bardottan sugere que a espécie se espalhou pela galáxia e pode chamar vários mundos de casa. Existem dois tipos de Bardottan: altos e magros, como Julia e Peteen, e baixos e largos, como Joseph e Savatte.
6 – O planeta Bardotta foi nomeado em homenagem a Brigitte Bardot.

Opinião do M’Y: É meio injusto analisar este episódio sozinho. Mais do que a maioria dos arcos, ele não funciona sozinho (até por isso possui o “Parte 1” no título): seu fim é muito brusco. De todo modo, o que pode ser dito deste episódio é que ele surpreende. Se você chegou até este ponto da série não aceitando a existência de Jar Jar Binks, não há nada que este episódio possa fazer para alterar sua opinião. Se você entendeu que esta é uma série cujo público é infantil e que é o lugar ideal para o Gungan, irá aproveitar este arco – que se não traz nada bombástico como o arco da Ordem 66, ao menos é muito melhor do que o sobre o clã bancário.
A primeira coisa interessante é que Jar Jar é escolhido pessoalmente pela Rainha Julia, do pacífico mundo neutro de Bardotta, para ajudá-la num período de crise. Depois, diferentemente do que se espera, Palpatine genuinamente não sabe o que ocorre (Jar Jar é tão imprevisível que chega a ser difícil controlá-lo) e busca os Jedi para garantir que nada dê errado. Quando se espera que Obi-Wan parta para o resgate, é Mace Windu que acompanha o Gungan.
Somos então levados a algo que sempre acho interessante: outras formas de ver a Força. Os Mestres Dagoyan são uma ordem pacífica e que condena métodos dos Jedi, enquanto o culto sombrio Frangawl possui uma técnica muito curiosa para extrair a Força Viva de uma pessoa.
Diferente de outros episódios, aqui as palhaçadas de Jar Jar dão espaço ao ser leal, bom e, pasmem, apaixonado!!!

Nota do M’Y: 8.0 de 0 a 10.

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9º Episódio – The Disappeared, Part II (Os Desaparecidos, Parte II)

Biscoito da sorte Jedi: “A sabedoria nasce em tolos tanto quanto em sábios”

Sinopse: A amada de Jar Jard, Rainha Julia do planeta Bardotta, foi abduzida pelo sanguinário culto Frangawl para completar uma antiga e negra profecia. O Representante Binks e o Mestre Jedi Windu deve encontrar a Rainha desaparecida antes que o culto consiga tomar o poder.

Curiosidades:
1 – A história da Mãe Talzin não termina neste episódio.
2 – O script diz especificamente que nossos heróis vão cavalgando “como no final de Indiana Jones and The Last Crusade”.
3 – Mace advertindo jar Jar para não focar nas suas ansiedades é o mesmo conselho que Qui-Gon dá para seu Padawan Obi-Wan no início de TPM.
4 – Um dos pontos iniciais que a equipe explorou ao colocar os duo Windu e Binks foi a comédia de 2005 The Man (O Cara), estrelando Samuel L. Jackson e Eugene Levy.

Opinião do M’Y: Na segunda parte do arco somos levados para outro planeta, onde os cultistas pretendem sacrificar a Rainha Julia e dar sua Força Viva para a Mãe Talzin. A bruxa, que havia sumido por uns tempos, é sempre uma adição interessante com suas duas vozes e mostrando que muitas vezes os Jedi tinham que se ocupar com mais do que os Sith e as Guerras Clônicas – algo que ajuda Sidious, mesmo não tendo sido planejado por ele. No fim o episódio é praticamente ação, visto que deve ser analisado apenas como a segunda metade de um episódio de 44 minutos. Dito isto, a duologia em que descobrimos um Jar Jar apaixonado serviu para explorar um pouco mais do Jedi mais badass da Nova Trilogia e principalmente para mostrar que não é para toda a galáxia que os Jedi são vistos com bons olhos.

Nota do M’Y: 7.5 de 0 a 10.

Epguide610

10º Episódio – The Lost One (O Perdido)

Biscoito da sorte Jedi: “O que é perdido, normalmente é encontrado”

Sinopse: Uma missão Jedi encontra o sabre-de-luz pertencente ao mestre Syfo-Dias, morto há muito tempo, o que leva Yoda, Obi-Wan Kenobi e Anakin Skywalker a começar uma investigação sobre o seu desaparecimento mais de 10 anos antes. Isso faz com que Darth Sidious mande Darth Tyranus limpar todas as pontas soltas que possam levar os Jedi a descobrir a verdade da conspiração Sith.

Curiosidades:
1 – A cena inicial foi feita como uma homenagem ao filme Encontros Imediatos de 3º Grau, de 1977, de Steven Spielberg.
2 – O arquivo de Sifo-Dyas, 127456, diz: “Jedi Master Sifo Dias [sic] morreu enquanto tentava negociar a paz entre as tribos de Felucia. Ele estava a bordo da nave Jedi T6 77519 quando ela caiu. Muita da informação sobre a sua morte continua confidencial por ordens do gabinete do Chanceler. Acredita-se que seu corpo foi eventualmente recuperado e cremado pelas tribos de Felucia em acordo com o costume Jedi. Por esse motivo, existe pouca evidência que confirme a localidade [de] seu desaparecimento. Mais detalhes sobre o assunto podem ser autorizados em data futura.”
3 – Esse episódio marca o momento em que os Jedi finalmente descobrem que o nome Sith de Dooku é Tyranus. É aqui que os Jedi entendem que os Sith estão envolvidos na criação do exército clone, pois é Tyranus que Jango Fett indica como seu misterioso benfeitor em AOTC.
4 – Uma versão anterior da história passava um certo tempo de tela em Felucia seguindo a investigação lá. Essa versão mostraria as violentas disputas tribais entre os Felucians mais selvagens mostrados em Star Wars: The Force Unleashed, e não os gentis fazendeiros que vimos antes na série.

Opinião do M’Y: E aí depois de 5 episódios que não adicionam nada em termos galácticos (embora ao menos os da dupla JJ/Mace sejam legais), a temporada volta para episódios realmente importantes em sua reta final. Neste ponto ainda considero que enquanto série teria sido melhor acabar com o arco da 5ª temporada, porém, enquanto uma parte de um universo, esta 6ª e última temporada tem sido uma surpresa atrás da outra. Não esperava que fossem responder sobre Sifo-Dyas (Zaifo-Vias no Brasil por motivos óbvios), que pudemos ver pela primeira vez em tela, ainda que apenas um modelo holográfico.
Muito aqui ainda fica aberto, acredito eu que devido à limitação de tempo do episódio (volto nisso mais tarde), mas também muito foi revelado: Sifo pertenceu ao Conselho Jedi por um pequeno tempo antes da Invasão de Naboo, porém suas idéias foram consideradas muito radicais. Fica implícito que ele foi retirado do Conselho, mas também pode ser que o Jedi tenha saído por vontade própria quando não acreditaram em sua visão do futuro de que a República precisaria de um exército. Isso leva à melhor frase do episódio, de Obi-Wan no Conselho Jedi: “Bem, não é a primeira vez que erramos recentemente”. É confirmado que ele mesmo criou o exército, mas em momento algum existe uma explicação de se o Jedi sabia que Dooku flertava com o lado negro.
Aqui fica claro também que o Chanceler Valorum já era um boneco nas mãos de Palpatine havia muito tempo, visto que o desaparecimento de Syfo-Dias e a criação do exército clone se deu antes de The Phantom Menace. É interessante ver, mais uma vez, como os Jedi levam mais a sério a regra dos dois do que os próprios Sith. Sidious interpreta a regra como quer (e da mesma maneira faz Dooku), tendo buscado um substituto para Maul bem antes de sua morte.
Apesar de corrida, a primeira metade do episódio acabou se tornando mais interessante do que a segunda, mais focada na ação do que nas informações – e mais uma vez acabando com a frase de Anakin em Revenge of the Sith, “Meus poderes dobraram desde nosso último encontro”… semana passada. Essa correria provavelmente se deve ao fato, mencionado por Dave Filoni em uma entrevista recente ao IGN, de que quando a Disney anunciou o cancelamento, haviam cerca de 8 episódios prontos e que eles conseguiram depois terminar este e mais o próximo arco. Conseguem imaginar a série terminando com o arco do Clovis ou de Jar Jar? Pois é! É possível então imaginar que 2 episódios foram condensados em 1 para encaixar na série (vide a observação do corte dos Felucians de The Force Unleashed). Mas o final guardou uma cena interessantíssima no Conselho Jedi, onde eles percebem que estão muito mais afundados nas mãos dos Sith do que imaginam e decidem continuar jogando o jogo. Como Yoda diz, não há muito o que fazer numa situação dessas – mas Anakin parece realmente perturbado pela situação e ajuda a diminuir ainda mais a confiança dele no Conselho Jedi, e vemos o resultado disso em ROTS.

Nota do M’Y: 8.5 de 0 a 10.

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11º Episódio – Voices (Vozes)

Biscoito da sorte Jedi: “A loucura pode ser, às vezes, o caminho para a verdade”

Sinopse: Yoda fica profundamente desconcertado quando escuta algo de além da sepultura: a voz de Qui-Gon Jinn. Sabendo que é impossível que um Jedi retenha sua identidade depois da morte, o Conselho Jedi possa ter sido corrompido pela influência do Lado Negro. Determinado a encontrar respostas, Yoda escapa do Templo Jedi para seguir uma voz sem um corpo.

Curiosidades:
1 – O compositor Kevin Kinner faz uso do tema de Qui-Gon (visto primeiramente em TPM) e do tema de Yoda (visto primeiramente em TESB).
2 – Enquanto contemplando o mistério da voz de Qui-Gon, Yoda pergunta para Anakin sobre os eventos em Mortis. É importante notar que, embora os instrumentos digam que nenhum tempo passou enquanto os Jedi se aventuraram por Mortis e algumas das visões de Anakin tenham se perdido, o misterioso evento ocorreu e Obi-Wan, Anakin e Ahsoka realmente reportaram o encontro ao Conselho Jedi.
3 – Durante a cena de meditação, a câmara do Conselho Jedi fica na torre central do Tempo, ao contrário dos filmes e dos outros episódios da série, que é na torre sudoeste do Templo.
4 – O design da doutora Rig Nema é baseado em uma arte conceitual de Mace Windu para o Episódio I.
5 – Nas visões de Yoda podem ser vistas a batalha entre os Jedi e o Chanceler, incluindo Mace Windu sendo eletrificado e Shaak Ti sendo morta pelo sabre de Anakin Skywalker, cena que foi retirada de ROTS.
6 – Há uma cena deletada de ROTS onde Yoda conversa com Qui-Gon, mas que nunca chegou a ser finalizada. Liam Neeson nunca chegou a gravar as vozes. A cena pode ser vista na edição em Blu-Ray da saga.

Opinião do M’Y: Aqui finalmente entramos no arco final da série. Embora o texto inicial cite o episódio anterior e haja de fato uma pequena ligação, o arco começa realmente aqui, com Yoda ouvindo a voz de Qui-Gon (feita novamente pelo grande Liam Neeson). Todos os diálogos entre os Mestres Jedi me fazem querer desesperadamente que a cena de ROTS tivesse sido adicionada ao filme. Por mais que tenha sido algo comum durante toda a Nova Trilogia e durante as 5 temporadas anteriores, sempre me surpreende ver o quão limitada era a mentalidade das lideranças da Ordem Jedi. Pelo menos dois anos e meio se passaram desde a revelação de que Dooku é um Sith e só agora Ki-Adi-Mundi pensa que Dooku pode ser o aprendiz e não o mestre – e pior, Mace ainda insiste que pode ser o contrário.
A primeira reação, de que a voz de Qui-Gon seja de fato causada por um truque Sith, faz sentido considerando o momento em que a Ordem Jedi se via. A descoberta de que mais de 10 anos antes (13 pelo menos) os Sith haviam criado um exército para a Ordem Jedi e controlavam o exército inimigo deixou uma grande pulga atrás da orelha.
A primeira visão de Dagobah no episódio, dentro da mente de Yoda, não me surpreendeu e até me deixou feliz. O pedido de Qui-Gon para que Yoda fosse ao planeta deixou a sementinha do que seria em parte revelado depois: a caverna. A nova gama de possibilidades que isso abre na mente de Yoda o transforma e começa a aparecer um pouco do Yoda de TESB durante o diálogo com Anakin. (Num comentário sem muita relação com o episódio em si, eu gostaria muito que tivessem tempo para explorar os guardas do Templos, quem são, como são escolhidos e coisas do tipo.)
Quando Yoda finalmente chega ao planeta pântano, há diversos paralelos com The Empire Strikes Back, colocando o mestre como aprendiz e fica claro que a escolha de Dagobah não foi uma simples escolha pelo fato de o planeta ser remoto, mas sim pelo fato de que o planeta é excelente para treinamentos. Isso me deixa curioso quanto ao fato de Obi-Wan ter que treinar em Tatooine. Afinal, Yoda estava em um dos planetas mais puros da galáxia, de acordo com Qui-Gon, enquanto Obi-Wan foi para um deserto gigante, centro de escória e vilania, tendo que ainda cuidar de uma das duas maiores esperanças da galáxia. Teve gente aqui da equipe do JC que não gostou de George Lucas tentar explicar a Força, mas eu gostei – ficou bem melhor do que aquela explicação tosca dada em TPM, ainda que aqui ela não seja negada.
No fim, vale dizer que embora aqui as visões sejam bem mais claras do que em TESB, nem todas elas são reais. Vemos, por exemplo, Obi-Wan, Mace Windu, Plo Koon, Eeth Koth, Luminara Unduli, Kit Fisto e mais alguns que não consegui identificar lutando em grupo contra Clone Troopers, algo que nunca se realiza. Em compensação as outras duas imagens são bem reais.
Todo o clima criado com temas clássicos de 2 grandes Jedi da saga somado a elementos que remetem ao melhor filme da saga fizeram muito bem ao episódio.

Nota do M’Y: 9.0 de 0 a 10.

Epguide612

12º Episódio – Destiny (Destino)

Biscoito da sorte Jedi: “A morte é só o início.”

Sinopse: Deixando a Força guiá-lo, Yoda viaja para o coração da galáxia em um mundo ancião que é uma das origens da Força e fonte de midi-chlorians. Yoda passa por difíceis testes ministrados pelas Cinco Sacerdotisas, misteriosas sensitivas à Força que possuem o segredo para a imortalidade.

Curiosidades:
1 – A confiança de Yoda em si mesmo espelha a confiança de Luke quando conhece Yoda em Dagobah. O episódio expõe Yoda a algumas das ideias que ele mais tarde ensinaria para Luke.
2 – Enquanto Yoda caminha pelas ruínas do Templo Jedi, um eco do tema “Battle of the Heroes” de ROTS pode ser ouvido.
3 – Dooku menciona um encontro com um terentatek em Kashyyyk. Esse encontro nunca foi mencionado em outras histórias, mas os jogadores de Knights of the Old Republic se lembrarão da criatura.
4 – Entre os Jedi reunidos na visão idílica de Yoda estão Quinlan Vos, Saesee Tiin, Mace Windu, Ahsoka Tano, Gungi, Tera Sinube, Aayla Secura, Anakin Skywalker, Kit Fisto, Eeth Koth, Ganodi, Ran Deezy, Zatt, Byph, Tiplar, Ki-Adi-Mundi, Shaak Ti, Adi Gallia, Barriss Offee, Knox, Obi-Wan Kenobi, Qui-Gon Jinn e Dooku.
5 – Quando a Sacerdotisa da Força representando a serenidade retira sua máscara para revelar um manto vazio, é para que a audiência se lembre do manto de Obi-Wan caindo vazio contra Darth Vader em ANH.

Opinião do M’Y: O episódio anterior me deixou tão empolgado (e confesso que também saudosista) que já parti para ver o próximo episódio logo em seguida, algo que por condições de tempo quase não fiz nessa temporada. O episódio começa claramente como uma continuação direta do outro, sem uma introdução, indicando que este arco funciona muito bem como um filme de 65 minutos. O planeta sem nome é muito bonito e brinca com um conceito que sempre me agradou: planetas onde a vida se desenvolve abaixo da crosta. A flora me pareceu similar a Felucia e de longe podemos ver um neebray logo que Yoda entra (aqueles seres voadores gigantescos que fomos conhecer logo na primeira temporada, no arco da nave Malevolence). Porém, a parte mais importante é que este planeta desconhecido é o planeta natal das midi-chlorians.
Quando a primeira sacerdotisa aparece e pisa no chão, fazendo instantaneamente surgir uma planta, ficamos cientes de que estamos novamente diante de algo grande, muito além de meros Jedi e Sith – talvez da mesma magnitude dos 3 seres que habitam Mortis. E quando a sacerdotisa fala em primas, duvido muito que sejam primas no sentido humano da palavra.
Esse episódio tem aquela que talvez seja a fala mais importante de toda a série: “Ele irá treinar aquele que salvará o universo de um grande desequilíbrio”. Ou seja, as sacerdotisas não acreditam que Anakin seja o escolhido.
Primeiro Yoda tem que enfrentar o reflexo de seu lado negro interior, numa batalha que termina com o pequeno sapo reconhecendo que até ele tem um lado negro e abrindo sua mente para os ensinamentos das sacerdotisas. O próximo passo que é o mais interessante: ao entrar no Vale da Extinção, Yoda tem que encarar as próprias sacerdotisas – Confusão, Raiva, Tristeza, Alegria e Serenidade. Obviamente estas são apenas faces que estes seres assumem para o treinamento, visto que o próprio treinamento prega se desligar das emoções e ligações pessoais. E aí as visões que começam no episódio anterior se intensificam.
Começa com o Templo Jedi com vários Jedi mortos, numa visão próxima do que acontecerá num futuro não-tão-distante. Porém, os dois Jedi que Yoda mais dá atenção são justamente dois que não estarão nesta cena na vida real: Mace Windu, que morrerá antes dos Jedi no Templo, e Ahsoka Tano. Esta não é, ainda, a última aparição da ex-Padawan na série, mas é emblemática quanto aos questionamentos que com certeza estão passando na cabeça da Togruta real: “Você me disse que eu terminaria meu treinamento e seria uma Jedi, mas o Conselho me expulsou. Por que vocês fariam isso? Eu ainda vou me tornar uma com a Força quando morrer? Mestre, eu serei uma Jedi?”. Confusão, raiva e tristeza se misturam nessa cena.
A pequena Katooni, que foi uma das estrelas do arco Young Jedi (na época com o rumor de ser um piloto para série destinada a um público ainda mais jovem), leva então Yoda para uma visão oposta, de alegria e serenidade, onde as Guerras Clônicas nunca aconteceram. Qui-Gon, a gêmea Tiplar, o pequeno Knox e Adi Gallia nunca morreram, Ahsoka nunca saiu da Ordem (esta sim, sua última aparição), Barriss Offee nunca traiu a Ordem e a amiga e Dooku nunca se transformou em Sith. Confesso que essa cena, Dooku enquanto Jedi, foi uma que sempre quis ver. Não aconteceu da maneira como queria, mas valeu. Se abstendo de suas emoções, Yoda aceita até o ataque de Dooku, num espelho do que Obi-Wan faria anos mais tarde.
Um ponto muito legal deste episódio é que Yoda tem uma confiança na Força que raríssimos Jedi demonstram ao longo de toda a história de Star Wars (e aqui estou considerando filmes, séries, livros e quadrinhos). Pouquíssimos deles teriam a clarividência de deixar calmamente a Força guiar a nave e ainda de deixar seu sabre-de-luz com o droid (talvez apenas o Obi-Wan da Trilogia Clássica ou Luke Skywalker em seus melhores momentos como Mestre Jedi no Universo Expandido).

Próximo passo: Korriban… ops… Moraband.

Nota do M’Y: 9.0 de 0 a 10.

Epguide613

13º Episódio – Sacrifice (Sacrifício)

Biscoito da sorte Jedi: “Enfrentar tudo o que você teme irá liberta-lo de si mesmo.”

Sinopse: Depois de muitos testes, Yoda segue para o ancião mundo natal dos Sith, Moraband, onde ele deve enfrentar um antigo mal determinado a dominar a galáxia.

Curiosidades:
1 – O UE sempre conheceu como Korriban o planeta natal dos Sith, mas George Lucas decidiu mudar para Moraband. A desculpa oficial é que um mundo tão antigo pode ser conhecido por nomes diferentes em eras diferentes.
2 – Mark Hamill, o eterno Luke Skywalker, faz a voz de Darth Bane neste episódio. Bane foi criado por George Lucas no desenvolvimento da backstory para TPM. Bane apareceu em quadrinhos e posteriormente uma trilogia de livros no Universo Expandido. Esta é a primeira aparição do Sith na tela.
3 – O uniforme de treino de Dooku estreia aqui e ajudou no orçamento do episódio. Com os custos de simulação computacional dos efeitos que esse episódio possui, se Dooku usasse uma capa, o orçamento do episódio teria sido ultrapassado.
4 – O encantamento de Darth Sidious se chama “discurso Balc” e se lê: “Kintik hadzuska sutta chwituskak! Kintik hadzuska sutta chwituskak! Jiaasjen Jidai, jiassjen Jidai!”

Opinião do M’Y: O episódio final de The Clone Wars começa tenso, com Yoda chegando a Moraband/Korriban, visto pela primeira vez em cinema/TV e vemos vários indícios de magia Sith diferente de tudo o que os Jedi fazem: os vermes se juntando em uma pseudo-cobra, os espíritos presos de vários guerreiros Sith mascarados e pela primeira vez no arco temos noção do qu está se passando longe de Yoda quando Dooku é interrompido em sua meditação.
Dentro do templo há muito esquecido, o túmulo central é de Darth Bane, talvez o Sith mais importante que apareceu fora dos filmes – embora tenha sido criado inicialmente por George Lucas. A voz de Mark Hamill é irreconhecível para quem apenas o conhece de Star Wars, mas aqueles que tiveram contato com outras mídias (muito provavelmente Batman: Arkham Asylum e Arkham City) reconhecem o talento do eterno Luke. As 5 sacerdotisas reaparecem e dão um aviso, de que esta última parte do desafio elas não podem controlar.
Curiosamente, o temor inicial do Conselho acaba acontecendo: Sidious e Dooku usam a conexão entre Mestre e Padawan para afetar Yoda na pele do Mestre Syfo Dias. É curioso como a visão traz eles para o local onde os Sith se reunem. Isso significa que deste ponto em diante, Sidious e Dooku ou não puderam mais se encontrar ou tiveram que mudar de lugar e como na visão Anakin mata Dooku da mesma maneira que no filme. Este e muitos outros paralelos surgem nos duelos e muitas dicas são dadas ao velho Mestre. É difícil saber se Yoda não as entendeu ou não teve tempo de transformá-las em ação.
Quando a sacerdotisa diz a Yoda que Qui-Gon irá treina-lo, vemos uma importante inversão de papéis: Mestre e Aprendiz trocando de posição. Os sons vindos da TC, com o alarme da Estrela da Morte, os sons de tiros de X-Wing e a respiração de Vader não são mera coincidência. Há um outro Skywalker! Esta frase corrobora o que podia ter se concluído no episódio anterior, quando as sacerdotisas falam que Yoda treinará aquele que trará balanço: Luke, não Anakin! A cena de partida ainda termina com a mesma trilha sonora de TESB. Yoda se prepara para o embate final, da mesma maneira que os Rebeldes!
Contemplando o templo Jedi, Yoda parece absorver que logo se despedirá deste lugar e nunca mais o verá em vida. O discurso mostrando que Yoda viu um outro caminho deixa isto claro e encerra a série com uma visão extremamente diferenciada do futuro. Embora Yoda não tenha desistido de derrotar os Sith, como vemos em ROTS, ele vê uma solução à longo prazo – e esta é a que irá funcionar, ainda que ao custo de 98% da Ordem Jedi.

Nota do M’Y: 9.0 de 0 a 10.

final

SALDO FINAL

O saldo final da sexta temporada, para mim, foi ligeiramente agridoce – aliás, como notei serem em várias séries, talvez por um efeito psicológico de que aquela série não estará mais ali com mais alguns momentos de diversão. Contudo, um dos efeitos é a falta de um desfecho para Ahsoka. Se a série tivesse acabado na quinta temporada, aquele arco final teria consistido no melhor final possível para ela. Porém, com o advento de mais 13 episódios era de se esperar que houvesse algo sobre ela neles. Como não houve, ficamos com a participação de duas Ahsokas imaginárias no penúltimo e as prováveis dúvidas que a Padawan estaria tendo naquele momento. Perdoaremos Dave Filoni e cia limitada, pois eles ao menos conseguiram colocar o arco do Yoda e não terminar no horrível arco do clã bancário! O que esta temporada deixa são dois arcos que com certeza estarão entre os melhores da série, o arco da Ordem 66 e o de Yoda, este que é provavelmente o arco mais importante de toda a série no que diz respeito aos filmes. Fica também de legado a história de amor de Jar Jar Binks. Pena que com a temporada cancelada no meio da produção, não vimos o fim de vários plots, o principal deles sendo o que virou Darth Maul.
Da série como um todo, levaremos excelentes personagens, como a Ahsoka (depois da terceira temporada), Rex, Fives e os outros rookies, Ventress (que cresceu muito na segunda metade da série) e, entre vários altos e baixos, alguns episódios muito bons nesses 121 episódios (125 se contarmos o filme) distribuidos por 6 temporadas. Podemos citar:

– A apresentação de Fives e seus colegas, nos mostrando como é o treinamento de um clone: Clone Cadets, Rookies e ARC Troopers (s03e01, s01e05 e s03e02)
– Lair of Grievous (s01e10)
– R2 Come Home (s02e21)
– Os dois pontos de virada da personagem Ahsoka: Assassin (s03e07) e Heroes on Both Sides (s03e10)
– Ahsoka e Chewbacca: Padawan Lost e Wookie Hunt (s03e21-22)
– Arco dos droids: Mercy Mission e Nomad Droids (s04e05-06)
– Arco de Umbara (este um dos melhores na série): Darkness on Umbara, The General, Plan of Dissent, Carnage of Krell (s04e07-10)
– Asajj Ventress encontrando um novo rumo e deixando de ser apenas mais uma vilã bidimensional: Bounty (s04e20)
– O arco final de Ahsoka (este, disparado o melhor arco da série): Sabotage, The Jedi Who Knew Too Much, To Catch a Jedi e The Wrong Jedi (s05e17-20)
– O arco da Ordem 66: The Unknown, Conspiracy, Fugitive e Orders (s06e01-04)
– O retorno de Qui-Gon e o treinamento de Yoda: Voices, Destiny e Sacrifice (s06e11-13)

Sei que alguns dos episódios acima não são os favoritos de todos e que outras pessoas terão seus favoritos. Eu, por exemplo, não gosto nada do retorno de Maul e estes episódios estão entre os favoritos de muitos fãs nos EUA. O mesmo vale para os episódios sobre os droids, que são excelentes a meu ver justamente por serem versões atuais do que era a série animada da década de 80.
Estes, como outros episódios e toda a estrutura da série a tornaram uma das mais ricas e complexas séries de animação da história, recebendo diversas nominações a prêmios e vencendo o Emmy de melhor animação em 2013. Nós, fãs mais velhos, muitas vezes olhamos torto aos descuidos com o Universo Expandido e coisas que discordamos, mas no geral a série está bem acima de suas concorrentes e os fãs que nascerão dela olharão para ela como o marco a ser batido, da mesma maneira que muitos de nós vemos a TC, alguns a NT e outros livros, jogos e HQs. No geral, a série foi boa o suficiente (principalmente da terceira temporada pra frente) para que justificasse a compra do box em Blu Ray das 5 primeiras temporadas (infelizmente à venda só fora do país, me forçando a importar uma versão sem legendas em português, o que não vai ajudar a mostrar para meus futuros filhos!).
O fato é que o maior legado de The Clone Wars nesse momento é que Star Wars se tornou uma companheira mais próxima de nós, nos acostumando a ver novas histórias semanalmente e não a esperar anos entre uma história e outra. Ao menos teremos Rebels para ocupar essa lacuna…

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THE CLONE WARS VERSUS REBELS

Já fazem umas 3 semanas que terminei de assistir Sacrifice e isso me permitiu uma certa distância da série para que essa parte do texto fosse menos sentimental – o que, ainda assim é meio difícil. Rebels não deixará que fiquemos sem material de Star Wars até o Episódio VII (e espero que também esteja passando no período entre VII e VIII) e continuará a nos entregar material novo semanalmente. Isso não temos que nos preocupar.
Para o bem e para o mal, The Clone Wars era Star Wars guiado por George Lucas: tivemos Jar Jar para os que o odiaram, tivemos desrespeito ao UE, tivemos episódios com histórias rasas, porém tivemos personagens cativantes, grandes aventuras, novos conhecimentos sobre a Força e episódios dignos dos melhores momentos da TC. Era tudo novidade, mas era também seguro. Rebels é o primeiro resultado de Star Wars nas mãos da Disney, o primeiro produto de Star Wars em todos os níveis que George Lucas não pode meter o dedo. Mas ao menos temos ainda David Filoni, que foi a cara de The Clone Wars e continua sendo a cara de Star Wars para Rebels.
Curiosamente, se você olhar para a descrição inicial de The Clone Wars antes do envolvimento direto de GL, ela é bem próxima da premissa básica de Rebels: Filoni tinha como ideia inicial um elenco fixo de personagens viajando uma nave parecida com a Millenium Falcon, incluindo um contrabandista, a namorada Gungan chamada Lunker, uma padawan chamada Ashla (que se tornaria Ahsoka) e seu Mestre Jedi. Em Rebels temos uma nave parecida com a Falcon, a Ghost, uma tripulação de pessoas que normalmente estariam num ponto acinzentado da sociedade em Zeb, Hera e Sabine, um Aprendiz Jedi em Ezra e um Mestre Jedi em Kanan.
Um elenco fixo faz uma grande diferença na dinâmica de uma série e o próprio Filoni já mencionou isso: enquanto em The Clone Wars podíamos estar em vários cantos da galáxia, com várias personagens e até centrar episódios inteiros em personagens que estão longe dos centrais, em Rebels seguiremos um bando só, como ocorre muitas vezes na TC. Isso faz com que os episódios se foquem onde o bando estará e nos dê menos noção de como estão as coisas nos outros pontos da galáxia. O Senado e Palpatine deverão ficar longe do foco, apenas com citações. Mesmo Vader está programado para quase não aparecer.
Fico aqui com uma pequena torcida para que Maul ou Ahsoka apareçam em algum ponto da série.
É esperar pra ver…