Com Skeleton Crew, vemos a galáxia de Star Wars como se fosse a primeira vez | Crítica

Apostando no público infanto-juvenil, série é a mais nova atração de “Star Wars” no Disney+

Banner de “Skeleton Crew” (Imagem: Reprodução/Lucasfilm)

“Star Wars” enfrenta uma dura encruzilhada nos últimos anos por não conseguir engatar grandes sucessos e renovar sua fanbase.

Ouso dizer que, após “O Despertar da Força” e as primeiras temporadas de “The Mandalorian”, se tornou cada vez mais complicado encontrar portas de entrada para aqueles que querem começar a acompanhar.

“Andor”? Muito sério. “Ahsoka”? Mais recomendável para fãs de longa data. “The Acolyte”? Divisível, para dizer o mínimo.

Foi sem muita pretensão e sem fazer alarde que “Skeleton Crew” chegou ao Disney+. Prometida como uma minissérie, a produção acompanha um grupo de quatro crianças que se perdem pela galáxia e são perseguidas por perigosos piratas que buscam um misterioso tesouro.

Personagens de “Skeleton Crew” (Imagem: Reprodução/Lucasfilm)

Eis aqui o primeiro grande trunfo da série: ela realmente é o que venderam. Sem inventar a roda, “Skeleton Crew” aposta no básico de uma deliciosa aventura infanto-juvenil em uma mistura muito interessante entre “Star Wars”, “Os Goonies” e “Piratas do Caribe”.

Ao mesmo tempo, não é só por ser mais infantil que a produção tem que ser boba. É claro que existe uma leveza inerente a esse tipo de história, mas ao mesmo tempo, sentimos os perigos que ameaçam o quarteto principal, muito bem representados na figura de Jod Na Nawood (Jude Law).

Isso, unido a uma boa dose de nostalgia de produções dos anos 80 e um mistério envolvente, torna “Skeleton Crew” uma boa pedida também para um público mais velho.

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Jod Na Nawood (Imagem: Reprodução/Lucasfilm)

Contida em si mesmo e sem grandes conexões com o todo do universo “Star Wars”, a produção consegue se resolver dentro de seu próprio núcleo de maneira muito competente.

“Quem foi o mestre Jedi do Jod?”. “Teremos flashbacks da Ordem 66?”. “Hondo Ohnaka, Maz Kanata, Mando ou Luke Skywalker vão aparecer?”. Nada disso foi necessário para criar uma trama coesa e divertida.

Essa ausência de grandes referências ou participações especiais pode até incomodar alguns, mas esse escopo mais fechado é justificado dentro da própria história por se passar em um planeta isolado do restante da galáxia.

O que é sim um problema de “Skeleton Crew” é seu ritmo acelerado e a falta de coesão na duração dos episódios.  Erro esse que já se tornou padrão do “modelo Disney+” de se fazer uma série, onde os dois últimos capítulos recebem a dura missão de fechar diversas pontas soltas de uma vez.

As crianças de “Skeleton Crew” (Imagem: Reprodução/Lucasfilm)

No fim, “Skeleton Crew” traz de volta aquele sentimento de deslumbre com o universo de “Star Wars”. Wim, Fern, Neel e KB evocam a mesma sensação que tivemos com Luke Skywalker em “Uma Nova Esperança”.

Não há como saber se isso é o suficiente para renovar a franquia, pelo menos por enquanto. Porém, nunca foi tão mágico ver uma nave, o espaço ou um sabre de luz quanto através do olhar de curiosidade dessas crianças. É como se fosse a primeira vez.

 Muito bom 

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A 1ª temporada completa de “Skeleton Crew” já está disponível no Disney+. Confira o trailer dublado a seguir:

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