Equipe do Jedicenter traduziu artigo completo da revista Entertainment Weekly!
A revista Entertainment Weekly liberou recentemente as primeiras fotos de Star Wars: Obi-Wan Kenobi, série do Disney+ que estreia em 25 de maio, aniversário de 45 anos da saga. Logo depois veio um artigo que junta entrevistas com Ewan McGregor (Obi-Wan Kenobi), Hayden Christensen (Anakin Skywalker) e a produtora executiva e presidente da Lucasfilm Kathleen Kennedy. Segue o texto traduzido na íntegra:
Não demorou muito para Ewan McGregor perceber que havia uma perturbação na Força. O ator notou que algo estava diferente assim que pisou no palco de Obi-Wan Kenobi. “Eu entrei no set, e era apenas um círculo de pessoas paradas ao redor.”
Sem saber ao certo do que se tratava toda a comoção, um confuso McGregor assumiu sua posição no quadro – um olhar de perplexidade em seu rosto não visto desde que o nefasto Conde Dookan lançou uma bomba de verdade sobre Lordes Sith no Mestre Jedi em Geonosis. “Eu tinha as câmeras atrás de mim olhando para esta rua, e atrás das câmeras havia 100 pessoas em pé lá”, lembra McGregor. “Eles geralmente estão em lugares trabalhando, não apenas de pé. Eu não conseguia entender o que estava acontecendo.”
Não era Obi-Wan que eles estavam lá para ver. “E então Vader vira a esquina, na rua, e eu fiquei tipo, ‘Ah, p****. Claro!'”
Honestamente, você pode culpá-los? Dezessete anos (no tempo da Terra) desde a última vez que cruzaram sabres-de-luz nas profundezas ardentes de Mustafar, Obi-Wan Kenobi e Darth Vader devem se enfrentar na tela mais uma vez, na nova série Disney + que estreia em 25 de maio. E com Ewan McGregor e Hayden Christensen reprisando seus papéis como a dupla dinâmica – e condenada –, a expectativa é tão alta quanto a famosa contagem de midi-chlorian do Lorde Sombrio.
É um reencontro que antes parecia impossível, e para entender completamente a enormidade do momento, é preciso voltar ao início.
“Anakin Skywalker, conheça Obi-Wan Kenobi” – QUI-GON JINN
Christensen ainda se lembra da primeira vez que conheceu McGregor. O ator canadense tinha acabado de ser retirado da relativa obscuridade pelo criador de Star Wars, George Lucas, para interpretar um adolescente Anakin Skywalker em Ataque dos Clones, quando chegou a um estúdio em Sydney. O nervoso recém-chegado, que aparecia em peças de ensino médio menos de um ano antes, entrou na sala de cabelo e maquiagem para ver o homem que interpretaria seu amigo que se tornou inimigo.
“Lembro-me assim que você me viu”, ele sorri para McGregor em um bate-papo no Zoom. “Você disse, ‘Hayden!’ Nós nunca nos conhecemos antes, mas você disse meu nome como se fôssemos amigos de longa data e me deu um grande abraço e me acolheu na família. O calor de sua saudação deixou uma impressão tão duradoura e significou muito.”
Talvez a recepção calorosa tenha sido porque McGregor pôde aproveitar a apreensão que sentiu ao ingressar na franquia alguns anos antes para A Ameaça Fantasma. Estabelecido como uma promessa graças a papéis aclamados em filmes como Shallow Grave e Trainspotting, McGregor admite que “Star Wars não parecia certo para mim” quando começou o processo de seleção de elenco. “Inicialmente eu estava bastante cético em fazer isso. Eu apenas pensei, ‘Bem, eu sou esse ator independente, urbano e sujo aqui. Eu não sou esse tipo de cara.'”
Essa ansiedade com filmes de grande orçamento acabou se transformando em emoção, no entanto, e em Ataque dos Clones, foi a vez de McGregor ajudar a facilitar a transição de Christensen para o enorme maquinário semelhante a uma fábrica de dróides do universo de Star Wars, mesmo quando seus dois personagens colidiam em tela sobre a inquietação do aprendiz, a falta de humildade e eventual queda para o lado negro.
“Lembro-me de todo aquele período de preparação”, diz McGregor ao seu colega de elenco, “e sua paixão como ator, e quão profundamente você estava se jogando nisso e quebrando as cenas”. Isso se estendeu aos ensaios épicos de sabre-de luz da dupla. “Era apenas ir brincar com seu amigo todos os dias”, lembra Christensen. “Certamente, fazer toda a preparação para as lutas de sabre de luz foi uma das partes mais divertidas para mim.” Infelizmente, nem tudo foi divertido.
Que tipo de Obi-Wan Kenobi encontraremos em Obi-Wan Kenobi? Diz a estrela Ewan McGregor: “Encontramos Obi-Wan no início de nossa história bastante quebrado, sem fé, derrotado, um pouco abandonado”.
“Se você está SOFRENDO tanto quanto EU, POR FAVOR, me diga.” – ANAKIN SKYWALKER
Não é exagero proclamar A Ameaça Fantasma como o filme mais esperado da história de Hollywood até o seu lançamento em 19 de maio de 1999. Surpreendentemente, o interesse da franquia só cresceu nos 16 anos desde O Retorno de Jedi, enquanto os fãs mais velhos salivavam por novos conteúdos e uma nova geração de aspirantes a Jedi foi doutrinada na ordem graças aos lançamentos da edição especial de 1997 da trilogia original. E então o filme estreou.
Críticos e fãs atacaram de tudo, desde o alívio cômico de Jar Jar Binks até diálogos desajeitados como “Não há necessidade de relatar isso a ele até que tenhamos algo a relatar”. A reação aos dois filmes subsequentes não foi muito mais gentil. E com a internet totalmente ligada – algo com o qual Wicket W. Warrick e seus irmãos ewoks nunca tiveram que lidar enquanto estavam Yub Nubbando na lua florestal de Endor – todos tinham uma opinião, e nem todos eram positivos.
Para as jovens estrelas, não havia onde se esconder. “Achei muito difícil”, McGregor, agora com 50 anos, admite sobre a reação às prequelas. “Foi muito difícil lidar com isso [o filme] sair e levar uma pancada tão forte. E também foi muito cedo na minha carreira. Eu realmente não sabia como lidar com isso. Eu estive envolvido com coisas que não fizeram muita onda só, mas isso é diferente de fazer algo que faz uma onda negativa.”
Simultaneamente lidando com fama e críticas repentinas, Christensen, agora com 40 anos, também não pôde deixar de experimentar uma parte da chicotada emocional sobre as prequelas. “Quando os filmes foram lançados e os críticos foram muito críticos, é claro que foi uma coisa difícil – porque você se importa muito com essa coisa na qual investiu tanto de si mesmo. Então, com certeza, isso é desafiador.”
Após o lançamento de A Vingança dos Sith em 2005, havia pouca (nova) esperança de que veríamos McGregor e Christensen acendendo seus sabres de luz novamente. Motivado pela “sensação de paz e fuga” que sentiu durante as visitas ao Skywalker Ranch, Christensen fez uma pausa não apenas em Star Wars, mas em Hollywood em geral – comprando uma fazenda no interior do Canadá. “Eu realmente gostei de todo aquele ambiente e estilo de vida e peguei um monte de animais e fiquei cuidando de ovelhas, porcos e galinhas por um tempo”, diz ele. “Eu passo por períodos em que estou muito focado no meu trabalho como ator e depois quero fazer outras coisas que não são necessariamente para consumo público”.
Quando a franquia teve a chance de trazer Christensen de volta para o retorno de Darth Vader em mais um filme prequel (Rogue One de 2016), eles tiveram o ex-boxeador profissional Spencer Wilding e o dublê Daniel Naprous vestindo a armadura preta. A presidente de cinema da Lucas, Kathleen Kennedy, diz que Christensen não foi considerado para o papel de Vampira na época porque “essa era uma sequência de ação tão específica”.
“Eu não participei de nenhuma dessas conversas sobre Rogue One”, diz Christensen. “Mas eu amei o que eles fizeram com ele. O personagem é anterior a mim, e sempre foi um esforço coletivo de várias maneiras. Achei brilhante.”
Enquanto isso, McGregor continuou sua carreira cinematográfica a todo vapor depois de esconder Luke em Tatooine (ainda parece uma escolha estranha), mas sempre que o ator foi questionado sobre um possível retorno à galáxia muito, muito distante – ou seja, praticamente todas as entrevistas – ele muitas vezes parecia menos do que inclinado a colocar as vestes de volta. “Eu não tenho uma necessidade ardente de fazer isso de novo ou, de fato, qualquer tipo de fascínio pelos filmes que todo mundo parece ter”, disse ele à Magic Radio em 2016. “Eu realmente não tenho isso. Talvez porque eu estive neles. Eu vi por trás da cortina, você sabe o que quero dizer? Não tem o mesmo tipo de admiração para mim.”
Todos nós sabemos como Obi-Wan se sente sobre voar. Este Jedi prefere viajar por meios mais primitivos (como este eopie) sempre que possível.
“OBI-WAN KENOBI. Obi-Wan. Esse é um nome que eu não ouvia há muito tempo. Muito tempo.”- OBI-WAN KENOBI
Dizem que o tempo cura todas as feridas. Se isso se estende às feridas que você inflige ao seu ex-Padawan cortando três de seus membros e deixando-o queimar até a morte em um monte de cinzas vulcânicas permanece em debate. À medida que os anos passavam das prequelas, porém, McGregor notou uma sensação de equilíbrio chegando à Força. E o equilíbrio vinha de jovens… pelo menos aqueles que Darth Vader não matou no templo Jedi.
“Agora eu conheço as pessoas para quem fizemos esses filmes, que eram as crianças da época”, diz McGregor. “E nossos filmes de Guerra nas Estrelas são seus filmes de Guerra nas Estrelas. Da maneira que os filmes de Carrie Fisher e Alec Guinness e Mark Hamill e Harrison Ford eram nossos, nós somos deles. E é lindo que eles tenham sido importantes para as crianças que os fizemos. É tão bom finalmente ter essa onda de positividade sobre eles.”
Essa positividade despertou algo em McGregor. Por toda a dificuldade que as prequelas apresentaram em “andar com as grandes pessoas alienígenas que não estão realmente lá e passar muito tempo em um set azul apenas falando no ar”, também havia aspectos sobre como fazer os filmes que o ator descreve como “enlouquecedor”.
Ele se lembra com carinho de trabalhar com Lucas (que originalmente contratou o tio de McGregor, Denis Lawson, para interpretar o piloto Wedge Antilles na trilogia original), o tempo gasto com os colegas atores Natalie Portman e Liam Neeson, e especialmente todo o treinamento de sabre de luz com Christensen e o coordenador de dublês. Nick Gillard. (“Se você assistir a essas lutas, elas são incríveis! Estamos realmente pegando fogo.”)
Em entrevistas, McGregor começou a expressar uma abertura para o retorno. Às vezes, muita abertura, ele se preocupava. “Começou a parecer que eu estava procurando trabalho na porta da Disney, porque eu dizia: ‘Se a Lucasfilm quisesse fazer isso, eu ficaria muito feliz em fazê-lo.’ E continuou aparecendo em todos os lugares: ‘McGregor feliz em fazer Obi-Wan!'”
Eventualmente, uma reunião foi marcada para ver o quão sério o ator realmente estava sobre possivelmente aparecer em um filme de Obi-Wan Kenobi como parte de uma série de filmes independentes fora da saga Skywalker de nove episódios. “Eles apenas disseram: ‘Olha, lemos que você disse que ficaria feliz em fazer isso. Só queremos saber se você está falando sério ou se está sendo educado, porque estamos pensando que poderia ser uma opção, mas queremos saber se você está dentro ou não. Eu disse, ‘É absolutamente verdade!'”
Com McGregor pronto para acender seu sabre de confiança, a Lucasfilm começou ativamente o desenvolvimento de um filme de Obi-Wan Kenobi a ser dirigido por Stephen Daldry. O retorno do Jedi à tela prateada não era mais uma questão de se, mas sim de quando.
“E se este plano FALHAR, Mestre? Podemos ficar PRESOS AQUI por muito tempo.” — OBI-WAN KENOBI
E então Solo aconteceu. Lançado em maio de 2018, o um tanto desajeitadamente intitulado Han Solo: Uma História Star Wars arrecadou uma bilheteria mundial de US$ 393 milhões – muito longe dos US$ 1,33 bilhão arrecadados por Os Últimos Jedi de 2017, e mais de 60% menos do que o primeiro filme stand-alone de Star Wars, Rogue One, que faturou mais de US$ 1 bilhão.
Se o comparecimento chocantemente leve foi devido às críticas mornas, uma súbita saturação de ofertas teatrais de Star Wars, ou os fãs que não querem ver alguém além de Harrison Ford interpretando o nerf herder desalinhado, o futuro de todos os filmes da franquia fora à exceção de A Ascensão Skywalker foi imediatamente enviada para o limbo. Mas embora esses filmes possam ter sido colocados no gelo de Hoth, Kennedy diz que o interesse pelo projeto Kenobi de alguma forma permaneceu. Mas se não um filme, então o quê?
Foi quando o então CEO da Disney, Bob Iger, decidiu enfrentar a Netflix. “Quando Bob Iger disse especificamente: ‘Vamos começar a mudar nossa prioridade para fazer séries para o Disney+, e estamos lançando o serviço de streaming’, foi isso que realmente mudou nossa estratégia”, diz Kennedy. “Começamos a olhar para a oportunidade no espaço de streaming, onde poderíamos fazer narrativas de formato longo, e percebemos que havia uma oportunidade de experimentar nesse espaço sem o nível de escrutínio que acontece quando você lança um filme”.
Isso significava criar The Mandalorian. Significava trazer Boba Fett [O Livro de Boba Fett] de volta dos mortos. Significava criar spin-offs de animações como The Clone Wars [referência à The Bad Batch] e criaroutra prequela, desta vez para o oficial de inteligência de Rogue One, Cassian Andor [na vindoura série Star Wars: Andor]. E isso significou que Ewan McGregor subiu ao palco para aplausos estridentes na convenção D23 de agosto de 2019 para anunciar oficialmente seu retorno triunfante. A empolgação aumentou ainda mais quando foi revelado um mês depois que Deborah Chow, que havia trabalhado em The Mandalorian, dirigiria a série Obi-Wan Kenobi, tornando-se a primeira mulher a dirigir um projeto Star Wars inteiro do início ao fim.
No entanto, quando a equipe se reuniu para trabalhar em direção a uma data de início de produção no verão de 2020, Kennedy ficou preocupada com a direção dos roteiros. “Estamos procurando, em última análise, fazer uma história esperançosa e edificante”, diz a chefe do estúdio. “E é complicado quando você está começando com um personagem no estado em que Obi-Wan estaria saindo de A Vingança dos Sith e chegar a uma história que necessariamente reflete o que você quer sentir.”
Acreditando que uma revisão era necessária, Kennedy interrompeu temporariamente a produção em janeiro de 2020, adiou a data de início das filmagens de agosto de 2020 para janeiro de 2021 e contratou um novo escritor, Joby Harold, para substituir Hossein Amini (que havia sido contratado quando Kenobi era para a tela grande). “Este foi um personagem que sempre foi uma pequena obsessão minha”, diz Harold. “E quando eu ouvi que era um personagem que eles estavam explorando, eu disse a eles de forma muito agressiva todas as coisas que eu achava que eles deveriam fazer.”
A nova história criada por Harold e Chow acontece 10 anos depois que Obi-Wan se escondeu em Tatooine – praticamente no meio do caminho entre A Vingança dos Sith e Uma Nova Esperança. “Obi-Wan está perdido”, diz McGregor. “Ele é um homem quebrado depois do que aconteceu com a Ordem Jedi no final do Episódio III, mas também o que aconteceu com Anakin; que ele o perdeu para o lado negro. Ele sente uma enorme responsabilidade por isso, e culpa.”
A série de seis episódios se concentra nessa jornada da dor para pelo menos um pouco de paz. “Quando vimos Obi-Wan pela última vez nas prequelas, ele está muito emotivo”, diz Harold. “Há uma paixão nele. E quando o vemos novamente em Uma Nova Esperança, ele é o mestre Zen. Essa era a história que eu queria entender – o que aconteceu com Obi-Wan entre o cara que Ewan trouxe à vida e o cara que Sir Alec Guinness trouxe à vida.”
Quanto a quanto do enredo original chegou ao Obi-Wan Kenobi 2.0, Chow observa que “herdamos um pouco dele, mas realmente fizemos algumas mudanças significativas e adicionamos alguns elementos diferentes”. Enquanto isso, um debate interno estava travando sobre se ousaria trazer mais um personagem maior que a vida da aposentadoria.
Primeira foto de Darth Vader (Hayden Christensen) em Star Wars: Obi-Wan Kenobi.
“Você vai PRECISAR de mim NESTE, Mestre.” – ANAKIN SKYWALKER
Vader ou não Vader? Essa era a questão. À medida que a equipe criativa começou a remapear a história de Obi-Wan, negociações agressivas – desta vez sem um sabre de luz – começaram sobre se essa história também deveria incluir os Jedi caídos.
“O debate sobre se deveríamos ou não fazer isso continuou por algum tempo”, revela Kennedy.” Todos na nossa equipe criativa têm opiniões fortes, e todos os nossos fãs têm opiniões fortes. Então, quando você percebe que está sob esse nível de escrutínio, certamente um ponto da história como esse será examinado em um nível muito alto. Nós conversamos sobre isso constantemente.”
Neste caso, o lado negro venceu. E com McGregor de volta, havia apenas uma opção para preencher o grande terno preto desta vez. Chow foi à câmara de meditação de Vader (tudo bem, a fazenda de Christensen, mas perto o suficiente) para fazer sua proposta pessoalmente. “Deborah apareceu e passamos o dia conversando”, diz Christensen. “Ela me contou um pouco sobre o projeto e sua visão para ele, e eu apenas achei que soava maravilhoso. Eu estava muito animado para voltar.”
Não tão animado quanto todos aqueles membros da tripulação maravilhados. “Foi muito importante ter Hayden fazendo parte deste projeto porque ele é uma parte tão grande desse personagem”, diz Harold. “Era uma prioridade para todos nós que fizéssemos isso com o máximo de cuidado possível, para homenagear um dos maiores vilões e antagonistas da história do entretenimento”. (Sobre se James Earl Jones, de 91 anos, voltará a dublar o personagem, ninguém diz nada.)
“Quando ele apareceu pela primeira vez no set para nós, definitivamente teve uma sensação muito especial. A primeira vez que o vi fantasiado, ele estava muito acima de mim. Ele tinha literalmente quase o dobro do meu tamanho!” Chow diz de Christensen. “É muito intenso ter um personagem tão icônico, e então dirigi-lo e fazer novas cenas com ele… Eu me lembro do pobre Ewan naquele dia dizendo ‘O que eu sou, fígado picado?'”
“Toda a experiência foi muito surreal”, acrescenta Christensen ao colocar o traje de volta. Mas enquanto todos no set se maravilhavam em sua direção, o homem por trás da máscara se comoveu com o que viu através das lentes coloridas do capacete: “A primeira vez que vi Ewan como Obi-Wan novamente, foi um momento muito especial para mim. , e um que eu vou lembrar por muito, muito tempo.” A batalha foi oficialmente iniciada.
“Eles compartilham um objetivo comum do lado sombrio”, diz Ingram sobre o trio de vilões Reva, Grande Inquisidor e Darth Vader. “Eles estão no mesmo time.” Quanto ao que mais chama a atenção de Ingram sobre sua grande vilã: “É tudo coração”.
“Eu estava esperando por você, OBI-WAN. Nós nos encontramos novamente FINALMENTE.” — DARTH VADER
Embora a reunião de Obi-Wan e Darth Vader seja a grande manchete, a história que se desenrolará nas telas do Disney + é muito mais do que apenas uma década depois, entre o ex-mestre e o ex-aprendiz. E fará mais do que apenas preencher as lacunas em sua história pessoal. Também preencherá as lacunas no confronto final entre o bem e o mal.
“O Império está em ascensão”, explica Harold. “Todos os horrores que vêm com o Império estão se manifestando em toda a galáxia, então tudo o que havia nas prequelas desmoronou. A Ordem Jedi está praticamente exterminada, e os Jedi que sobreviveram estão fugindo e eles estão se escondendo.”
E eles não estão apenas se escondendo de Vader. O Lorde das Trevas encarregou o Grande Inquisidor e seu grupo de Inquisidores de caçar e eliminar todo e qualquer Jedi perdido que conseguiu escapar do grande expurgo da Ordem 66. Introduzidos pela primeira vez na tela na série animada Star Wars Rebels, os Inquisidores são seres temíveis, sensíveis à força, em uma missão singular para o Império: “Eles estão tentando erradicar completamente a ordem Jedi”, explica McGregor.
Não apenas veremos os implacáveis Inquisidores pela primeira vez em um projeto live-action de Star Wars, mas [a série de] Obi-Wan também apresentará uma nova Inquisidora chamada Reva (interpretada por Moses Ingram de The Queen’s Gambit), que Harold promete que vai “contribuir para o legado dos vilões de Star Wars de uma forma muito interessante.”
Harold e Chow usam as palavras implacável e ambiciosa para descrever sua nova caçadora de Jedi, mas a mulher que a interpreta prefere outra descrição. “Reva é uma chefe”, diz Ingram enfaticamente, falando com a EW apenas alguns dias depois de terminar uma série de refilmagens fisicamente exigentes. “Quero dizer, realmente como uma atleta completa. Ela está em uma missão e vai conquistar isso a todo custo quando tiver a oportunidade. Ela é muito foda.” (E com uma roupa foda: “Colocar uma capa era um sonho que eu não sabia que tinha. Me senti como se tivesse 10 anos de novo! Foi super legal.”)
A diretora está tão animada para os espectadores serem apresentados à nova antagonista. “É realmente emocionante para mim trazer uma vilã feminina e ter uma mulher do lado sombrio em um papel muito significativo”. Espera-se que o significado de Reva se estenda além da tela. Ingram acrescenta: “Tivemos muitas conversas sobre cabelo e qual seria o cabelo certo. Deborah foi realmente ótima em passar da visão inicial para o que chegamos para o cabelo de Reva. Eu queria que as crianças tivessem seus próprios cabelos no Halloween. E isso é enorme Se você olhar para todas as crianças negras com cabelos crespos. Quando elas querem ser Elsa, elas têm que colocar uma peruca loira. [Agora] há tantas crianças que poderão usar seus cabelos no Halloween . Isso vai ser realmente emocionante.”
Quando perguntado sobre outros recém-chegados anunciados como O’Shea Jackson Jr., Kumail Nanjiani, Indira Varma, Rupert Friend e Maya Erskine, a equipe criativa essencialmente recorre a truques mentais Jedi (esses não são os atores que você está procurando). Nem sucumbem às táticas de interrogatório imperial quando questionados se Obi-Wan Kenobi continuará a recente prática do Disney + de cruzar personagens de um show para outro. Afinal, a ex-aprendiz Jedi de Anakin, Ahsoka Tano, de The Clone Wars e The Mandalorian, está em algum lugar neste período de tempo, assim como um Boba Fett mais jovem.
Embora os poderes não descartem completamente nada disso, eles também são rápidos em fazer uma distinção entre o mundo deles e o visto nas outras séries de ação ao vivo até agora. “Tudo isso se enquadra na linha do tempo Mandaloriana”, diz Kennedy sobre possíveis personagens de crossover, enquanto Chow acrescenta que “o tecido conjuntivo mais forte para nós são as prequelas, porque é daí que nossos personagens vêm e é aí que suas histórias começaram. Então , realmente, as prequelas são as mais conectadas à nossa série.”
O que explica o retorno de rostos mais familiares na forma de Joel Edgerton e Bonnie Piesse como tio Owen e tia Beru. “Eu estava tão animado para trazê-los de volta”, diz a diretora. “Parte do que fez a série parecer muito especial é que estávamos trazendo de volta não apenas Ewan e Hayden, mas pessoas como Joel e Bonnie de 20 anos atrás e nos reunindo como os mesmos personagens.”
Joel Edgerton está de volta como tio Owen… e nós não gostamos necessariamente das suas chances em um confronto com Reva. (Mas, como um contrabandista sábio observou uma vez, “nunca me diga as probabilidades”.) “Obrigado, George, por escolher Joel Edgerton como tio Owen”, ri a diretora Deborah Chow. “Isso é tudo o que posso dizer.”
Mas se Obi-Wan, Owen e Beru são todos parte da nova série, e aquele maluco que atira em ratos e obcecado pela Estação Tosche que eles estão ajudando a criar? O próprio Luke Skywalker fará uma aparição? Embora ninguém diga com certeza, Harold timidamente aponta para a missão declarada de Kenobi de proteger o menino, observando: “Isso é parte do que [Obi-Wan] foi encarregado de fazer. E ele está acordando todas as manhãs e fazendo seu trabalho. para que ele está lá.” (Além disso, o trailer lançado recentemente mostra Luke muito claramente, ou isso é um desvio malicioso de proporções Palpatinianas.)
Entre The Mandalorian, The Book of Boba Fett e agora Obi-Wan Kenobi, parece que todos no universo de ação ao vivo da Disney + de Star Wars estão indo para Tatooine ultimamente. E enquanto Chow diz que “obviamente há uma parte significativa em Tatooine por causa da natureza de onde é o ponto de partida da história”, ela também promete que “definitivamente vamos para novos mundos. Parte do que faz Star Wars é poder visitar lugares diferentes.”
Um desses lugares é um novo planeta que Kenobi visitará chamado Daiyu, “que meio que tem uma sensação de Hong Kong”, diz Harold. “Tem uma vida noturna cheia de grafites e é meio ousado. Só tem uma direção diferente e uma sensação diferente.”
Ah, mas por quanto tempo veremos Obi-Wan Kenobi explorar essas diferentes direções e sentimentos? O show foi anunciado como uma temporada de 6 episódios – mas com muito espaço para brincar antes dos eventos de Uma Nova Esperança, poderia haver mais? “Foi definitivamente concebido como uma série limitada, e é uma grande história com começo, meio e fim”, diz Chow. “A abordagem sempre foi que é uma história completa.”
Mas deixe para a chefe do estúdio manter todas e quaisquer opções na mesa. “É certamente algo sobre o qual falamos”, diz Kennedy sobre uma possível extensão, “principalmente porque todos se reuniram e se divertiram muito. Ewan se divertiu muito. Hayden se divertiu muito. Então, certamente, desse ponto de vista, todos os envolvidos adorariam ver isso não acabar. Mas temos que realmente gastar nosso tempo fazendo a pergunta: Por que faríamos isso? Se decidíssemos fazer mais alguma coisa com o personagem Obi-Wan, teríamos que realmente responder à pergunta por quê?”
Como a Inquisidora sensitiva à Força Reva, Moses Ingram provará ser uma nova inimiga formidável enquanto procura Jedi escondidos do Império. A diretora Deborah Chow e o escritor Joby Harold descrevem Reva como impiedosamente ambiciosa.
“Da próxima vez, tente não PERDER. Esta ARMA é a sua VIDA.” — OBI-WAN KENOBI
Moses Ingram claramente pensa o mundo de Ewan McGregor. A atriz se lembra alegremente de todos os detalhes do treinamento de luta com a estrela, a quem ela descreve como “uma pequena e graciosa borboleta”. Ela se lembra do encorajamento que ele lhe deu enquanto ela se atrapalhava com os previsíveis erros de principiante. E ela não consegue parar de falar sobre como ele fez “o vídeo mais doce” para sua melhor amiga obcecada por Ewan. Mas nada disso impedirá a Inquisidora de mostrar sua verdadeira lealdade ao lado sombrio e denunciar seu colega Jedi. O incidente em questão ocorreu no conjunto de LED virtual oval de 75 pés [22.86 m] de largura e 23 pés [7 m] de altura conhecido como Volume. “Eu esqueci qual cena estávamos filmando”, diz Ingram, “mas Ewan estava fazendo alguma coisa, e ele deixou cair seu sabre de luz na fenda entre o volume e onde o palco termina. ‘nunca conte a ninguém que deixei cair meu sabre de luz!'”
Considerando a notoria dificuldade que McGregor costumava dar a Christensen por perder seu sabre-de-luz (uma dinâmica que transitou para a tela entre Obi Wan e Anakin), essa revelação escandalosa provoca um enorme sorriso de Christensen. “Isso é novidade para mim!” ele ri.
“Você não deve ouvir isso”, McGregor atira de volta. “É tudo boatos e rumores. Ela está apenas tentando superar Obi-Wan.”
“E todas aquelas palestras, Ewan!”
“Ah, não me lembro disso. Acho que ele está inventando isso”, insiste McGregor antes de fazer uma pausa. “Ok, eu posso ter inadvertidamente deixado [o sabre] escapar. Talvez.”
A euforia de Christensen agora não tem limites. “É uma notícia chocante. Eu não acredito porque sei o quanto Ewan tem respeito por seu sabre de luz, então é difícil acreditar totalmente.”
A essa altura, McGregor sabe que, independentemente do que aconteceu e acontecerá na tela, este é um duelo dos destinos que ele não pode vencer. “Eu me lembro de ter dito: ‘Por favor, não conte a Hayden, porque eu costumava falar pra ele tanta merda toda vez que ele soltava seu sabre de luz.’ Tudo o que posso dizer é que já faz um tempo para Obi-Wan. Ele não é o homem de quem nos lembramos. ele não está exatamente onde costumava estar. Mas está voltando.”
E bem na hora.
