E inaugurando a sessão de Guest Post do Jedicenter temos o texto de Elane Santiago que, não apenas contribuiu aqui para nosso site mas também para o projeto #MêsDasPrequels da União Star Wars! Vamos conferir:
O Princípio
Em uma galáxia muito, muito distante, a história dos Skywalkers nos é apresentada primeiramente com o jovem Luke, um fazendeiro ingênuo, inexperiente e sem nenhum conhecimento sobre a Força e uma bela princesa, líder da Aliança Rebelde. Todavia, essa história começa algumas décadas atrás, antes da era das trevas, antes do Império.
Quando Star Wars: Uma Nova Esperança estreou em 1977 temos uma galáxia organizada em um Império e um antigo cavaleiro jedi escondido em um planeta desértico com uma arma antes nunca vista por Luke Skywalker, que logo descobre que seu pai também era um Jedi.
Toda a trilogia clássica faz muitas referências a um passado desconhecido. Muitas dúvidas pairavam pela cabeça, mas eis que em 1999, George Lucas nos trás as respostas de todas as perguntas.
A importância das prequels está justamente em nos mostrar os eventos anteriores a Uma Nova Esperança, em responder as dúvidas que todos tínhamos antes de assistir A Ameaça Fantasma, Ataque dos Clones e A Vingança dos Sith, que antes as respostas ficavam no campo da imaginação.
As prequels nos mostraram fatos importantes para a saga, como os Jedi, as Guerras Clônicas, os Sith, o aprofundamento nos caminhos da Força, a origem de cada personagem, como Obi-Wan (Ben) Kenobi, o grão mestre Yoda, Anakin Skywalker (Darth Vader), e o Imperador Darth Sidious.
Um dos personagens de suma importância é Palpatine, que na primeira trilogia tem pouquíssima participação, tendo maior destaque somente em O Retorno do Jedi. O senador de Naboo ascendeu na política sutilmente, chegando ao mais elevado cargo – o de Supremo Chanceler – sem ninguém sequer desconfiar que fosse um Lord Sith, nem mesmo os cavaleiros jedi.
Talvez o maior estrategista da história do cinema, Sidious tem mais fama hoje do que na época da trilogia clássica. Cada passo era sabiamente planejado: controlou os dois lados das guerras clônicas, aproveitou-se da arrogância dos Jedi, convenceu o Senado a abdicar de sua liberdade e democracia pela segurança e ganhou a confiança do jovem Skywalker para trazê-lo ao lado negro da Força.
Os Jedi só descobriram que ele era o lord sombrio que estavam procurando quando o mesmo revelou-se a Anakin, no entanto, era tarde. Darth Sidious já era poderoso demais, a situação da galáxia estava exatamente como ele queria. O que ele não imaginava era que 19 anos depois, outra pessoa destruiria tudo o que construiu durante anos.
Outro ponto importante é a conversão de Anakin Skywalker ao lado sombrio. Ele era um garotinho quando Qui-Gon Jinn o encontrou em Tatooine. Muito velho para ser treinado segundo o conselho e cheio de medos, a única certeza que tinha era que queria ser um jedi, mas o destino tinha outros planos para ele. Yoda avisara desde o início que o treinamento do garoto era perigoso, mas a teimosia de Qui-Gon acabou vencendo e com o passar do tempo, as desconfianças do mestre Yoda foram se tornando realidade. Anakin chacinou uma tribo inteira do Povo da Areia para vingar a morte da mãe e apaixonou-se por Padmé Amidala e em seguida casou-se com ela em segredo, quebrando o Código Jedi.
Tendo previsões de que sua esposa morreria durante o parto, foi seduzido pelas promessas de Palpatine de que poderia salvá-la da morte eminente, porém não foi só o desejo de salvar Padmé que o levou ao lado negro. A sede de poder foi grande demais para Ani suportar. E ironicamente, ele mesmo matou sua mulher. O medo, a raiva, o ódio levaram-no à dor e ao sofrimento.
O momento que todos esperamos ao ver A Vingança dos Sith é quando Darth Vader surge com sua armadura icônica. Inclusive, nesse filme que temos outros pontos relevantes para a franquia Star Wars, como a Ordem 66 que exterminou quase todos os jedi, a épica batalha de Anakin contra seu antigo mestre Obi-Wan, o Império sendo estabelecido e o nascimento de Luke e Leia.
A República não existe mais e no seu lugar há um regime que aboliu a democracia. A Ordem Jedi caiu, não existem mais os guardiões da paz e da justiça. Os Sith são quem governam. E toda uma família foi destruída pelos erros de uma única pessoa. Mas ainda há esperança, é necessário protegê-la até o momento certo.
Após ver todos esses acontecimentos, podemos entender o ambiente apresentado na trilogia clássica. Mesmo com seus “furos”, negar a importância das prequels é inadmissível. Ela é importantíssima para toda a saga e não foi um erro. Além de nos revelar o passado, fez com que o mundo voltasse a falar em Star Wars e ganhou uma nova geração de fãs, assim como O Despertar da Força atualmente. As prequels são o princípio de toda a saga, o gênesis de Star Wars. Sem ela jamais poderíamos entender porque as coisas são como são.
Elane tem 18 anos e faz parte da nova geração de fãs. Encontrou a paixão pela Saga com O Despertar da Força e desde então buca cada dia mais conhecimento sobre a saga, incluindo o Universo Expandido.
2 comentários
Ótimo texto. Muito bem escrito. As prequels são necessárias e muito do que gostamos (ainda mais) hoje sobre SW advém desses filmes. Mas eles têm muitos problemas. Lucas erro muito. Desde Jar Jar até as ceninhas de amor com piolhos gigantes. Uso excessivo de CGI, e a terrível atuação de Hayden Christensen. Em compensação o Obi Wan de Ewam McGregor é perfeito, bem como a Padmé de Natalie Portman. A ordem 66 também foi uma grande sacada e o extermínio dos Jedi foi muito bem conduzido. Mas a submissão repentina do Anakin ao imperador, onde em uma cena está contando ao Conselho que ele é Lord Sith, e logo depois está matando criancinhas no templo, é de lascar, mas é culpa do roteiro e da atuação do Hayden. Acho que temos que enaltecer o que há de bom nas prequelas, mas nunca deixar de criticar as péssimas escolhas do Lucas, inclusive na péssima direção dos 3 filmes. Parabéns pelo texto. Espero que sejam muitos outros mais.
Concordo com você Elane. Se não fosse pelas prequels, não existiria Star Wars como a gente conhece hoje