Iniciando uma Rebelião #14 – s02e06

Depois do episódio mais chato da série, Star Wars Rebels continua investindo pesado na nostalgia, dessa vez explicando a origem da B-Wing, nave de batalha que vimos no Episódio VI. A diferença é que desta vez o episódio é muito bom e traz um grande foco em Hera, que havia sido esquecida nessa temporada até agora. Descobrimos também como se parece um Mon Calamari anão!

Lembrando sempre que este review assume que você já viu o episódio ou que não se importa de ler spoilers.

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Curiosidades:

O nome do engenheiro, Quarrie, é facilmente identificável como uma homenagem para Ralph McQuarrie – que eu acho que todo mundo conhece.
No vídeo Rebels Recon deste episódio, Pablo Hidalgo diz que em ANH vemos apenas um dos vários grupos rebeldes, o de Mon Mothma, que tem apenas X-Wings e Y-Wings, enquanto o grupo do Comandante Sato tem apenas A-Wings e (agora, B-Wings). Hidalgo afirma que apenas em ROTJ que toda a frota é utilizada para o ataque final – algo que Thane Kyrrel nota no livro Estrelas Perdidas.
No mesmo vídeo, é dito que Wolffe e Gregor continuaram vivendo onde estavam, mas com uma casa muito maior – referência clara aos AT-AT.
O astromech de Quarrie, BG-81, foi nomeado em homenagem a Bill George, designer da ILM que criou a B-Wing para ROTJ. As cores do pequeno andróide são retiradas de uma camisa que Bill George está usando em uma foto junto com o modelo da B-Wing.
A noção que um Mon Calamari foi extremamente importante no design da B-Wing vem de uma aventura de RPG lançada pela West End Games em 1989. Tanto o nome do projeto como do planeta, Shantipole, vem deste RPG.
Um dos prédios que Quarrie possui no planeta possui asas de ARC-170 em sua estrutura – esta é a nave que aparece em ROTS e já apresenta sinais do design da X-Wing.
A escrita em aurabesh (alfabeto do universo Star Wars) na B-Wing diz: Protótipo B6.
O rebelde faminto no planeta Ibaar se chama Fahm Eesh, que soa como “famish”, que significa “esfomear”.
O redesign da Phantom agora conta com um posto para um astromech, que é necessário para o uso do hiperdrive.

Opinião do M’Y: O episódio já começa com a Ghost, alguns A-Wings e uma CR90 Corvette estão tentando cruzar um bloqueio ao planeta Ibaar, onde alguns cruzadores leves imperiais (os mini-Star Destroyers) sob o comando do Agente Kallus estão esperando por eles. Isso pode deixar uma impressão que o Agente Kallus é onipresente, mas uma análise leve nos relembra que este bando de rebeldes atua numa parte muito pequena do espaço, em planetas que estão muito próximos um do outro – lembrando da distância entre Lothal e Garel, cerca de 8 minutos de hiperespaço em uma Star Commuter 2000. A pequena frota não é páreo para o bloqueio e a CR90 é destruída, junto com a ajuda humanitária e o líder do esquadrão Phoenix. O único motivo aparente no episódio para o bloqueio é o Agente Kallus preparando uma armadilha para os rebeldes.

Na reunião após a derrota, Rex fala que conhece um engenheiro que tem um starfighter que pode mudar algo para a rebelião, mas os pilotos não querem ir para o planeta Shantipole por ser uma viagem sem volta. Mais para frente, Hera explica para Zeb e Sabine que a dificuldade é que algo na atmosfera faz os motores desligarem, o que Sabine traduz para Zeb como “a gente não voa, a gente cai”. O dois seguem com Hera enquanto Ezra e Kanan seguem atrás de suprimentos.

Aí depois de uma uma sequência de pouso bem perigosa, conhecemos um Mon Calamari anão e a unidade astromech mais legal que já apareceu na série (sem contar o R2-D2), RG-81, com seu domo transparente. O visual do Mon Calamari é estranho, sendo muito mais reminiscente da nunca lançada Detours do que vimos da espécie em The Clone Wars. E ele chama a nave de Blade Wing (Asa Lâmina, ao pé da letra). Enquanto isso, a Phantom está quebrada, não voa e sem sistema de comunicação.

Mon Calamaris em Detours, The Clone Wars e Rebels.

Descobrimos então que Hera sonhava em ser piloto desde as Guerras Clônicas e escolheu deixar sua família para voar e salvar pessoas. Em outro canto da galáxia, Kanan e Ezra estão se preparando para fazer a corrida sem Hera. A cena do teste é visualmente linda, além de nos mostrar a característica mais marcante da nave: seu cockpit que se mantém fixo, enquanto a nave rotaciona em volta. Vemos também um tiro tipo Estrela da Morte, que não havia sido apresentado em locais canônicos antes.

Com a nave em mãos e a Phantom com um update que adiciona hiperdrive, Hera e o resto partem atrás do segundo ataque – o que acaba ajudando, já que a B-Wing chega em cima da hora para virar o jogo. As batalhas espaciais continuam mais lerdas do que na NT e em Clone Wars, mas tenho a sensação de que estão mais rápidas (ou me acostumei). A nave tem poder demais, o suficiente para destruir um dos mini-Star Destroyers. De volta para casa, Hera ainda ganha uma promoção para líder do esquadrão e eles descobrem que Bail Organan conseguiu uma fábrica para construir as B-Wings e o Mon Gimli Calamari para supervisionar.

Conclusão do M’Y: Se você perdeu a conclusão da resenha anterior, leia, pois esse episódio aqui é exatamente o exemplo contrário do anterior. Se a aparição de Hondo Onaka foi um grande filler (termo normalmente usado em animes baseados em mangás, para episódios feitos para a TV que não existem no quadrinho original e que, portanto, não evoluem a história), aqui voltamos a por as coisas nos trilhos: o uso de elemento da TC serviu para realmente evoluir uma personagem, justamente Hera, que costuma ser a mais esquecida do elenco. Soubemos mais do passado dela e ficamos querendo saber mais: como a família dela, mesmo sendo do clã Syndulla, aceitou sua partida? Onde ela aprendeu a voar? Como conseguiu a Ghost?

Nota do M’Y: 8.0 (0 até 10)

REBELS RECON #2.06