O hype por O Despertar da Força está esfriando, o de Rogue One mal começou e o Episódio VIII foi adiado para dezembro de 2017. Mas não se desespere, colega fã!Algo está de volta: Star Wars Rebels. O Jedicenter não esqueceu do primeiro episódio de 2016 e está muito empolgado para essa segunda metade da temporada! Venha conosco ver a Princesa Leia conhecer Ezra e Kanan!
Lembrando sempre que este review assume que você já viu o episódio ou que não se importa de ler spoilers.
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Nota do M’Y: 7.0 (0 até 10)
Trilha Sonora: Ezra and Leia (Download)
O episódio: Começamos de onde paramos, com Kanan, Ezra e o antigo governador Azadi presos em Lothal. Hera avisa que o Senador Organa está enviando um agente com ajuda humanitária com três cruzadores. A primeira diversão é que os 3 cruzadores são corvetes Hammerhead (cabeça de martelo), muito similares a naves que aparecem no jogo não-canônico Knights of the Old Republic. Para quem gosta do jogo, é uma alegria. Dá pra ver pela reação do Tenente Yogar que as missões de paz de Alderaan são famosas e pouco bem vindas – a frase que ele usa é “delegação intrometida”. E antes mesmo de vermos Ezra, vemos a Princesa Leia, num contraste bem grande entre a decisão de J. J. Abrams de retirar uma cena que explicaria o novo Senado em O Despertar da Força para ter mais impacto quando a General Leia aparece em Takodana.
Confesso que preferia que a aparição de leia ficasse um pouco para depois no episódio, mas o que mais me incomodou de cara foi o quanto esta Leia se parece com a Leia de 22 anos de Império, quando ela é alguns dias mais nova do que Ezra – pouco mais do que 15 anos, se levarmos em consideração a primeira temporada de Rebels. Até a voz dela, feita pela atriz Julie Dolan aqui e no jogo Uprising, é bem mais velha do que uma garota que tem no máximo 16 anos.
Kanan e Ezra se disfarçam e partem para a cidade, mas Azadi se recusa a ajudar, o que é perfeitamente compreensível para alguém que passou anos na prisão. O encontro entre Kanan e Ezra, disfarçados de Stormtroopers, e Leia, ocorre rapidamente e sem muita cerimônia: de acordo com a princesa, a missão deles é roubar as naves, afinal, Aldeeran não pode estar diretamente envolvido. Porém, o maior problema é a segurança: dois AT-ATs, um batalhão de stormtroopers e travas geradoras de gravidade, considerada difícil demais para apenas a tripulação da Ghost. Sem suas naves, Leia solicita a nave do tenente.
Quango retornam para o local, Azadi está sendo preso e deve ser executado. Essa é a hora que Hera chega, junto com Sabine e Zeb. O episódio tem uma saída inteligente para tirar Leia, Kanan e Ezra: eles saem como reféns dos rebeldes, uma novidade para o Império. A perda da embaixadora, obviamente, deixa o tenente em pânico total. É difícil para Ezra ter que sofrer o luto pela morte dos pais no meio de toda esta situação e Leia tenta ajudar: ela ouviu a transmissão do garoto no fim da primeira temporada.
O plano envolve Kanan, Ezra e Leia fingindo que escaparam dos rebeldes enquanto Azadi, Sabine e Chopper desativam as travas gravitacionais. A batalha noturna que se segue, com a Ghost atacando os andadores é visualmente bem feita, mais bonita que as diurnas – é sabido por qualquer um que conheça um pouco de efeitos visuais, que escondem as limitações melhor do que locais claros. Porém duas coisas me incomodaram: Hera ficar tentando atirar no corpo dos AT-ATs quando é sabido que o ponto mais fraco é o “pescoço”, inclusive algo utilizado no início da temporada nos episódios dos clones; e o fato de que Kanan simplesmente pegou e solveu tudo com o sabre em menos de 10 segundos. Este último item faz muito sentido, mas em retrospectiva acaba destruindo o episódio em que o AT-TE enfrenta 3 AT-ATs. Mas valeu pelo “eu não acho que ele esteja do nosso lado”.
O episódio termina com a princesa Leia levando um tiro de atordoador e o tenente tentando compensar a perda de 3 naves, Azadi decidindo voltar a lutar em Lothal e a frota rebelde.
Conclusão do M’Y: Este primeiro episódio de 2016 de Star Wars Rebels mostra, em geral, uma preocupação com um detalhe específico de continuidade que não era necessário em The Clone Wars: a quantidade de naves que os heróis tinham à disposição. Na série anterior, Anakin, Obi-Wan e Ahsoka tinham virtualmente infinitas naves ao seu dispor devido à máquina de guerra da Velha República. Aqui, a perda de naves implica que os rebeldes tem que se virar para conseguir novas. E é isto que esse episódio resolve.
A aparição de Leia ainda é, em si, desnecessária para essa resolução. E ainda aumenta a sensação de que a galáxia é uma cidade do interior de Minas Gerais. Porém, já que foi decidido que ela participaria, a sua participação foi muito boa – embora eu já tenha feito ressalvas quanto à caracterização visual e sonora. A personalidade em si esteve bastante coerente com o que se esperaria de Leia Organa. Por fim, defeitos à parte, toda a batalha é muito bem feita. Diria que a melhor dessas batalhas terrestres nesta temporada.
Curiosidades:
- A roupa da princesa Leia é uma versão de um design de Ralph McQuarrie em uma das primeiras iterações do que então era apenas Star Wars.
- O enfeite de cabelo de Leia é baseado em símbolos utilizados na roupa de Bail Organa no Episódio III.
- A trava geradora de gravidade é, essencialmente, um raio trator portátil que segura a nave no lugar.
- As naves de classe Hammerdead são baseadas nos jogos Knights of the Old Republic, e numeradas de P1, P2 e P3.
- Neste episódio vemos Leia em uma de suas tão faladas “missões de misericórdia” que Vader menciona no filme original.
REBELS RECON #2.11
Reviews e notas da 2ª Temporada
s02e10 – Legacy: 7.0
s02e09 – The Future of the Force: 9.0
s02e06 – Wings of the Master: 8.0
s02e05 – Brothers of the Broken Horn: 5.5
s02e04 – Always Two There Are: 9.0
s02e03 – Relics of the Old Republic: 8.5
s02e02 – The Lost Commanders: 6.0
s02e01 – The Siege of Lothal: 9.0
Reviews e notas da 1ª Temporada
s01e07 – Gathering Forces: 7.0
s01e03 – Rise of the Old Masters: 8.0