Iniciando uma Rebelião #47 – s03e20-21 – Zero Hour

Chegamos a mais um final de temporada de Star Wars Rebels e a batalha chega até a base do planeta Atollon. Será que os rebeldes conseguem se livrar de Thrawn?

Lembrando sempre que este review assume que você já viu o episódio ou que não se importa de ler spoilers.

Clique aqui para os episódios anteriores.

Nota  do M’Y: 9.0 (0 até 10)

Trilha Sonora: Kanan and Ezra (Link)

Curiosidades:

  1. Esse episódio marca a estreia dos Death Troopers, que acompanham aqui o Grão Almirante Thrawn. Eles tem pontos incandescentes nos capacetes, algo muito utilizado na campanha de marketing de Rogue One, mas não no filme.
  2. Visto brevemente em Secret Cargo, o General Dodonna faz sua “estreia” de verdade aqui. O ator Michael Bell, que foi a voz do Comandante Willard em A New Hope. Nota: o ator que fez o Comandante Willard foi Eddie Bryne.
  3. A “formação de defesa Aurek um” do Comandante Sato se refere ao alfabeto aurabesh de Star Wars: a primeira letra do alfabeto aurabesh se chama aurek.
  4. Hera usa o código de evacuação Kay One Zero (K, um, zero), o mesmo utilizado por Leia em Império.
  5. Thrawn menciona as táticas Danaan utilizadas pelos rebeldes. O nome, dânaos em português, é um dos nomes coletivos dos gregos utilizado na Ilíada de Homero, poema épico do século VIII a.C.
  6. O Grupo Massassi de Dodonna se refere aos templos massassi que formam a base rebelde em Yavin IV. O grupo já tinha esse nome nos roteiros originais do Episódio IV.
  7. O símbolo de 8 pontas no traje espacial de Ezra indica que ele data da época da República (o do Império tem 6).
  8. A armadura de Tristan Wren tem uma de suas ombreiras pintadas por Sabine.
  9. Thrawn usa uma versão branca da armadura de batalha de oficiais, vista sendo usada anteriormente pelo General Veers em TESB e por Tarkin em Rebels.
  10. Vista nas naves da frota rebelde há uma nave de batalha dornean. Ela foi criada para Return of the Jedi, onde mal é vista (eu nunca vi) e, apesar deste episódio aqui sair depois de Rogue One, o modelo criado para Rebels foi melhorado e reaproveitado para o filme (onde eu também não vi ele).
  11. Com a destruição da base em Atollon e a perda do Comandante Sato e da nave Phoenix Nest, este é o fim do esquadrão Phoenix.

O Episódio – Parte I: Lothal. O Grão Almirante Thrawn chega acompanhado de dois Death Troopers para conversar com a Governadora Pryce, Almirante Konstantine e Tarkin, em conversa que Kallus espiona. Thrawn sabe do ataque rebelde e sabe que o esquadrão do General Dodonna ajudará o esquadrão de Hera e Sato. Tarkin dá ordens de que a liderança rebelde seja capturada viva, para que seja feita de exemplo. Em Atollon, Kanan e Ezra conversam muito e vemos os dois reconhecendo quanto um ajudou o outro a crescer, mesmo quando Kanan lembra Ezra de que seu treinamento foi limitado (lembrando que ele tinha cerca de 14 anos quando a Ordem 66 aconteceu). A frota do General Dodonna chega em Lothal e o episódio começa a ficar com cara de filme.

Em Lothal, Thrawn e seus Death Troopers prendem Kallus e, juntando informações da rota de Dodonna com da transmissão de Kallus, encontram Atollon. Com a transmissão cortada de Fulcrum e as informações de Ryder Azati de que a frota imperial saiu em massa de Lothal, Hera percebe que Thrawn está prestes a atacar. Cinco Star Destroyers aparecem do hiperespaço e a frota de Dodonna tenta correr, enquanto Sato e Hera comandam a evacuação. Porém, o protótipo da nave Interdictor (Stealth Strike) chega, impedindo que as naves entrem no hiperespaço.

É neste momento que o Star Destroyer Chimera de Thrawn chega. O plano rebelde é que Ezra e Chopper consigam furar o bloqueio imperial com a nave que era de Maul e buscar ajuda. Kanan, por sua vez, buscará ajuda com Bendu, que apenas ele e Ezra sabem da existência, mas o antigo ser não quer participar. A frota rebelde está sendo destruída completamente quando Sato evacua o seu porta-caças e se sacrifica, jogando-o contra a nave de Konstantine. Isso permite que Ezra escape e obriga o restante da frota rebelde a descer de volta para Atollon.

Enquanto isso, no planeta, Kanan discute com Bendu e este some. Mon Mothma não pode ajudar, acreditando que era muito cedo para uma luta armada aberta contra o Império e, aparentemente, Bail Organa concorda. Isso deixa Ezra com apenas uma opção: Sabine Wren.

Opinião do Jair Yoda – Parte I: Escrevo este início sem ainda ter visto a parte II. Rebels entrega até agora a sua melhor e mais completa batalha espacial e, ainda que não com o detalhamento de um livro, faz jus ao status que Thrawn atingiu com os fãs no universo Legends. Bendu, assim como alguns dos seres da Força de The Clone Wars (o pai, o filho, a filha em Mortis ou as criatura que Yoda encontra no planeta de origem das midchlorians), parece não se importar com o destino da galáxia. Talvez ele tenha visto inúmeros governos irem e virem e entenda que é apenas um ciclo, mas a sua raiva ao ser chamado de covarde o torna uma carta que pode surpreender ambos os lados. É triste e dolorido ver Mon Mothma fugindo de ajudar, mas tudo isso leva ao que ocorre em Rogue One: aquela é, de fato, a primeira ação de guerra aberta da Rebelião contra o Império. Ainda bem que dessa vez não tivemos que esperar até semana que vem para a parte II.

O Episódio – Parte II: Atollon. Zeb e Rex tem que legar o escudo criado por Sabine enquanto Kanan volta para a base. O bombardeio imperial começa e Kanan é atingido enquanto o escudo superaquece, mas Thrawn segura o ataque no momento exato. Aparentemente, com a vitória assegurada, ele quer realmente assustar os rebeldes o máximo possível. Enquanto isso, Ezra chega em Krownest, onde os Wren estão em guerra civil contra o clã Saxon e o Império. Ursa permite que Sabine pegue algumas naves e alguns guerreiros para tentar ajudar os rebeldes, enquanto Zeb e Rex preparam a defesa terrestre contra a primeira onda de ataque de Thrawn, que desceu ao planeta.

Os primeiros AT-ST são derrotados, mas Thrawn envia 4 AT-ATs e  TIE Fighters. Kanan derruba um, mas os rebeldes são derrotados e Thrawn os tem na mão, quando Bendu aparece em forma de tempestade, expulsando todos do planeta e destruindo naves rebeldes e equipamentos imperiais em igual raiva. No espaço, Ezra, Sabine, Tristan e alguns soldados mandalorians descem até o casco do Interdictor restante para tentar destruir o gerador que mantém as naves presas. Thrawn é inteligente o suficiente para derrubar Bendu, vendo que a criatura estava no centro da tempestade e temos a sensação de que o monstro pode ter morrido.

Com o Interdictor destruído, a Governadora Pryce não consegue manter a paciência e decide jogar Kallus, que assistia tudo, para o espaço – o que dá exatamente a chance que ele precisava para escapar dos dois stormtroopers que o seguravam e fugir em um pod. A equipe da Ghost prontamente o resgata e  a frota rebelde restante consegue escapar. Em Atollon, Bendu está vivo e caído enquanto Thrawn não consegue compreender a sua existência. Bendu prevê a sua destruição: “Eu vejo a sua derrota, como muitos braços envolta de você em um abraço gelado.” Bbendu desaparece antes de Thrawn atirar nele.

Na Ghost, Sabine decide voltar para ajudar sua mãe, Kallus agradece a salvação e é retribuído com Kanan agradecendo tudo o que ele arriscou, os rebeldes farão mais alguns saltos antes de chegar até a base em Yavin, e Ezra se sente derrotado, enquanto Kanan vê esperança.

Opinião do Jair Yoda – Parte II: O segundo episódio fecha muito bem o arco do planeta Atollon, mesmo que não termine o arco de Lothal. Pelo fato de sabermos que a primeira vitória é sobre Scariff e temos ainda cerca de 2 anos até lá, não acredito que a fábrica de Lothal seja destruída logo. O Império ainda é a grande força e os rebeldes escapam da superfície somente graças a Bendu e não graças às suas próprias forças. E o mesmo vale para a segunda fuga, no espaço, que foi devido às forças mandalorianas e não rebeldes (com exceção de Ezra, claro). É curioso que a base de Yavin já exista, indicando que neste novo cânone Dantooine e Tavin foram bases em paralelo e a base de Dantooine foi evacuada pouco antes de Rogue One. Fiquei bastante feliz de ver que Bendu não morreu, mesmo sabendo que sua participação deve ter acabado aqui. Kallus provavelmente será relegado a papel secundário, assim como Rex e Fenn Rau, mas permitirá uma nova dinâmica quando aparecer – além de deixar uma vaga de Fulcrum aberta. Há espaço com isso para trazer na quarta temporada Cassian Andor, por exemplo, que sabe-se ter sido um recrutador de Fulcrums. Outra bela oportunidade é mostrar um pouco de Fenn Rau e Sabine na guerra civil mandaloriana, mas isso já acho que seja esperança demais minha. E Thrawn ter sobrevivido tira um pouco a sensação de chefe de fase de jogo de viode-game das duas primeiras temporadas. Agora é aguardar.

REBELS RECON #3.21

2 comentários

    • Eder Campos em 27 de março de 2017 às 20:24
    • Responder

    Eu gostei muito dos episódios, porém, o que me incomoda um pouco é a facilidade que as naves capitais rebeldes são destruídas. Quase não se vê nenhuma nave capital rebelde atirando ou causando danos nas naves imperiais, apenas caças contra caças. Nota 8 para a temporada.

    • DeCocco em 29 de março de 2017 às 17:12
    • Responder

    Não gostei das batalhas espaciais. Aliás, me incomodou bastante a falta de escudos das naves rebeldes. Abatidas facilmente, até com pouquíssimos tiros dos AT-AT. Também achei uma bobagem o Trhaw parar o ataque no escudo e iniciar um ataque terrestre. Sei que é um desenho, mas a nota final não passou de um 7 pra mim.

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