Se você, assim como eu, estava cansado de Sabine e Hera não terem espaço – principalmente Hera – seus problemas acabaram! Out of Darkness foca completamente na relação entre a Twi’Lek e a Mandalorian artista, além de nos apresentar um pouco mais de como funcionam as missões deste pequeno e destemido grupo de rebeldes – e o misterioso Fulcrum, que gerou muitas discussões em fóruns gringos.
Lembrando sempre que este review assume que você já viu o episódio ou que não se importa de ler spoilers.
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Curiosidades:
- O título de trabalho deste episódio era “Repairs” (Reparos). O primeiro rascunho do roteiro foi entregue em 2 de dezembro de 2013.
- Na forma de rascunho do scrip, Hera tinha 81 linhas de diálogo. Sabine tinha 53, Ezra 28, Zeb 25, Chopper 16 e Kanan tinha 11. O misterioso Fulcrum tinha apenas 2 linhas.
- Finalmente, os waffles espaciais aparecem na série.
- No roteiro, as bebidas que Kanan e Hera estão tomando são café Spiran. Estes lembram Kanan de um período que os dois passaram nas luas de Rion.
- Apesar de não nomeada no script, a base Republicana da época das Clone Wars é Fort Anaxes. Ela não aparece na série The Clone Wars, mas é possível ver alguns ACR 170 e LAATs destruídos no fundo.
- As criaturas eram inicialmente chamadas de garcors, mas procurando nomes relacionados com morcegos, chegaram em nockfyrs e depois fyrnocks, nome que lembra o dos mynocks de TESB.
- Rhydonium já havia sido utilizado como combustível e explosivo nos episódios 12 e 13 da quinta temporada de The Clone Wars, onde R2-D2 e seus companheiros do D-Squad encontram um comando clone, Gregor, sofrendo de amnésia no planeta Abafar.
Opinião do M’Y: O episódio começa com Ezra e Sabine desesperados dentro da Phantom com Hera pilotando a nave em uma perseguição com TIE Fighters. Sabine está claramente irritada com o fato de que recentemente sempre há mais tropas imperiais do que a informação original deixa transparecer e Hera evita explicar de onde vem esta informação. No meio da perseguição, a nave acaba danificada e vazando combustível, enquanto Sabine continua discutindo, querendo informação. Hera tenta explicar que as informações dadas por Fulcrum são limitadas, que são apenas o que eles precisam saber. Confesso que se fosse eu no lugar de Hera, já tinha falado de maneira não muito educada para Ezra e Sabine ficarem quietos. Este não é o tipo de coisa que se discute enquanto existem caças inimigos te perseguindo.
Hera pede para que Ezra, Zeb e Chopper concertem a Phantom para que ela consiga se encontrar com Fulcrum. Se você chegou até aqui na série, já sabe que isso é a receita para problemas. Enquanto Hera discute com Kanan o fato de que Fulcrum errou para baixo as defesas imperiais, quando Sabine entra na cabine e questiona o fato de estarem confiando em informações deste Fulcrum, quem quer que ele seja. Kanan não se importa com isso, dizendo que ele confia em quem Hera confia e não faz perguntas. Descobrimos então que Sabine já foi parte da Academia Imperial de Mandalore – o que indica também que em algum momento entre o fim de The Clone Wars e o início de Rebels, Mandalore deixou de ser um planeta neutro e se tornou parte do Império. E descobrimos que foi a falta de informações que a fez desistir do Império. Neste ponto, ela decide acompanhar Hera no próximo encontro com Fulcrum.
Enquanto isso, na Phantom, Ezra terminou parte do concerto, mas o diagnóstico da nave ainda está rodando. Quando Chopper e Zeb jogam vapor/fumaça em Ezra, começa o mesmo tipo de confusão que já vimos anteriormente. Com isso os três acabam esquecendo de ver o resultado final do diagnóstico e falam para Hera e Sabine que tudo está bem.
Sabine continua querendo saber sobre este Fulcrum, não entendendo a necessidade de tanto segredo, sendo que na cabeça dela ele é apenas mais um mercenário como Vizago. As duas chegam na base republicana abandonada, onde Fulcrum não está. Hera vê uma marca em uma das caixas e diz que ela vai pegar a caixa. Essa marca levou muita gente em fóruns gringos a pensar que Fulcrum é Ahsoka. Tudo por isso:
Eu, particularmente, não acho que seja ela (principalmente já tendo visto os próximos 2 episódios). De todo modo, se for Ahsoka, eu realmente ficarei muito feliz. Sabine e Hera conversam bastante sobre as dúvidas de Sabine, que são dúvidas justas, que provavelmente nós teríamos e Hera se mostra a típica mãezona quando diz para Sabine que ela precisa ter fé que há um plano maior em ação, maior que as duas, maior que Lothal, maior que a Orla Exterior. Quando as duas percebem que algumas caixas foram arrastadas, descobrem que não estão sozinhas. Entrando na base abandonada, dão de cara com os fyrnocks, o provável motivo do abandono da base. Logo descobrem também que estes não podem sobreviver à luz do sol.
As coisas seguem bem até que Hera descobre que estão sem combustível e precisam de um resgate da Ghost, porém as duas terão que sobreviver ao período de tempo em que um asteroide cobrirá o sol e permitirá que os fyrnocks alcancem as duas. É aí que Sabine mostra seu lado explosivo e quase suicida: ela planeja criar ondas de explosões de rydhonium utilizando elas mesmas como isca. O que se segue é quase como um jogo de sobrevivência em ondas.
Quando o combustível acaba, ainda existem muitos fyrnocks e as duas são obrigadas a subir na Phantom. A Ghost chega em cima da hora para fazer o salvamento e finalmente vemos o estilingue de Ezra fazer algo útil, embora não muito: apenas os menores fyrnocks são realmente afetados. Tudo se resolve com certa facilidade, afinal, é uma nave contra pseudo-morcegos sem asa. O episódio termina com a relação entre as duas melhor, com Sabine tentando confiar em Hera, mas ainda sem as respostas que queria
Conclusão: Assim como é visível pelo tamanho do texto, o episódio não teve tantas coisas realmente importantes ocorrendo. De todo modo, acaba sendo um episódio bom para expandir o papel de Hera, que é a mais esquecida de toda a série – tirando Chopper, mas não há muito o que expandir no papel dele e eu certamente não quero mais episódios do nível dos episódios do D-Squad em The Clone Wars. Hera é tanto a mãe quando a fonte de informação, mas como mãe possui uma fé que geralmente os filhos não possuem. Isso implica em duas coisas: a sensação de que ela sabe que há um plano maior e também a sensação de que no lugar de Sabine, eu não me contentaria com as respostas de Hera.
Sobre o episódio em si, gostei bastante da conexão com a época anterior. Passei uns bons dias tentando lembrar se esta base já havia aparecido antes, mas fiquei frustrado ao descobrir que é nova. Claro que isso tem o lado positivo de mostrar que ainda há muito que não sabemos sobre as guerras clônicas, mas gostaria que tivessem usado alguma base que já conhecemos.
Nota: 7.5 de 0 a 10.
STAR WARS.COM REBELS RECON #6