O Erro de Yoda

 

O Código Jedi diz: “Não há emoção, há paz. Não há ignorância, há conhecimento. Não há paixão, há serenidade. Não há morte, há a Força“.

O problema é que isto não é natural. Por isso os Jedi treinavam desde pequenas crianças. Crianças com nenhuma memória de seus pais. Crianças que poderiam moldar-se na conformidade. A conformidade com o dever. Conformidade com o serviço. A conformidade com o Código. Anakin foi até os Jedi como um jovem já possuindo uma forte ligação com sua mãe. Isso imediatamente deixou tanto Yoda e Mace Windu desconfortáveis. Ele não seria tão maleável. Ele não tinha sido ensinado desde cedo a suprimir seus sentimentos e emoções, as suas necessidades e desejos. A palavra que Windu usa para descrevê-lo é “perigoso“.

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“Um Jedi não deve conhecer raiva, nem ódio, nem amor”

Perigoso como? Perigoso no sentido de que eles não poderiam controlá-lo tão facilmente quanto os outros. Perigoso no sentido de que este Jedi conhecia raiva. Este Jedi conhecia ódio. Este Jedi conhecia amor. Ele conhecia emoção. Ele conhecia paixão. Em vez de fornecer uma saída saudável para estes sentimentos naturais, os Jedi tentaram suprimi-los. O Lado Sombrio ofereceu uma saída. Ele ofereceu uma chance de salvar o que ele amava. Ele ofereceu respostas e esperança, que nenhuma das quais ele recebeu de Yoda.

E quanto à profecia de alguém que iria “trazer equilíbrio para a Força?” Anakin era para ser este Jedi. O Jedi que poderia conhecer a paz e a paixão. O Jedi que poderia amar, contudo sacrificar. O Jedi que poderia abraçar a dualidade da natureza humana: o Lado Sombrio e a Luz.

Anakin abraçou as sombras porque a luz não o teria. Mas o que aconteceu com seu filho?

Yoda ficou frustrado com Luke exatamente com as mesmas razões. Velho demais. Imprudente. Preocupado com as pessoas que amava. Yoda disse a ele para deixar seus amigos sofrerem e morrerem se for necessário. Yoda morreu sem aprender com seu erro.

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“Eu sou um Jedi, como meu pai antes de mim”.

Luke fez uma escolha diferente, porém. Ele ajudou a trazer equilíbrio. Ele mostrou coragem e disposição para sacrificar tudo o que ele amava, mas ele fez isso por amor. Seu apego a seu pai levou a sua redenção. Juntos, pai e filho trouxeram equilíbrio à Força. Luke tornou-se o Jedi que Yoda, Windu, e o resto do conselho nunca quiseram que Anakin se tornasse.

Talvez com Luke, cercado por seus amigos em Endor, Yoda (agora uma fantasma da Força) consiga ver que ele estava errado. Ver que um Jedi poderia equilibrar seu dever com seus sentimentos. Só posso esperar que, logo após os créditos, Yoda olhe para Anakin e diga: “Errado eu estava”.

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ATUALIZAÇÃO

Minhas palavras não ouviu você? “Transmita o que aprendeu”. Força. Domínio. Mas fraqueza, insensatez, falha também. Sim, falha acima de tudo. O maior professor, o fracasso é. Luke, nós somos o que eles crescem além. Esse é o verdadeiro fardo de todos os mestres.

PQP! Artigo criado em 2016, chega Os Últimos Jedi em 2017 e me soltam essa! Isso que é acertar na mosca! XD

11 comentários

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    • Zeitgeist em 13 de setembro de 2016 às 17:11
    • Responder

    Eu discordo.
    Sim, os Jedis impõem uma conformidade com uma forma de ser e a gir que molda os discípulos à forma que acham (os Siths também).
    Mas trazendo o paralelo para nosso mundo, não é o mesmo que se ensina desde cedo em escolas de artes marciais? Templos Shao Lin trabalham de que forma?
    Veja, trabalhar dessa forma não é necessariamente ruim. Depende do contexto e objetivo. Ao longo de milênios os Jedis trabalharam dessa forma. E quem eram os procurados para intermediar problemas? Para serem embaixadores? Para trazer sua sabedoria e percepção do todo para o problema?

    Eu vou pegar um pouco dos textos de Legends da série Legacy of the Force, uma que considero melhor explica a dualidade extremada de Jedis e Siths e quando um passa para o outro lado: Os Siths são completamente focados em sacrifício e ego. Eles olham para o todo com a percepção que ninguém vê tão longe ou tão claramente como eles, portanto só eles podem resolver tudo. E a forma de resolverem é sempre pelo “sacrifício pessoal”, que na verdade se torna sacrifício de todo o resto que poderia gerar perspectiva na vida dele.
    Os Jedis pensam exatamente do mesmo jeito mas pelo outro lado: Eles se sacrificam logo cedo para que futuramente possam compreender o todo através da Força e com essa compreensão saber até que ponto podem agir ou não.
    Os Siths focam no Eu para resolver o Meio (desde que o meio seja como o Eu quer). Os Jedis focam no Todo, no Meio, em detrimento do que o Eu quer, para que resolva o Meio também para o Eu.

    São dois lados operando com a mesma visão, as mesmas ferramentas mas de óticas diferentes.
    O que o Yoda tentou de novo e de novo ensinar o Anakin (lembra da cena do Ep III?) é que não é que o Anakin não possa ter amigos, deva largar o conceito de família, o conceito do todo, de sociedade e de sua inserção nela. Até porque abandonar isso é se perder e deixar de ver o meio.
    Mas sim, perceber que tudo isso pode continuar, desde que não haja apego, ligações. O problema com famílias é que automaticamente o apego é criado.
    E a razão é simples. Quando existe apego, nessa ótica, a visão deixa de olhar para o todo, para o meio e passa a olhar para o indivíduo. Se o universo está morrendo e eu preciso fazer algo para salvar todo mundo (inclusive os meus) meu pensamento é macro. Se os meus vão morrer por causa da morte do universo, eu terei uma visão micro em como salvar os meus.

    Se analisarmos o Luke, veremos os mesmos problemas. Ele conseguiu dar a volta por cima, mas apenas pela compaixão do Vader no ICA. Se não tivesse havido compaixão ali, Luke teria perdido tudo e a galáxia também.

    A questão é: Tornar-se um Jedi é uma opção. É um caminho difícil, excludente, solitário e doloroso, apesar de heróico (assim como todos os caminhos de auto conhecimento e auto iluminação – no sentido de despertar de sabedoria, como tantos sábios pelo nosso mundo mostraram vez após outra). Mas no fim, é uma opção. Se a opção foi feita, não dá para se ter o pão e o bolo ao mesmo tempo.

      • Pedro Weslei Skywalker em 14 de setembro de 2016 às 11:45
      • Responder

      Zeitgeist concordo com vc em algumas coisas, mas o meu entendimento sobre star wars está mais parecido com o do Marcelo. Em que discordo de vc: primeiro pq na sua fala vc esquece de analisar que a Ordem Jedi eh uma Ordem falida, presa a um entendimento tradicional e em alguns casos excessivamente dogmáticos e ultrapassados sobre a força. A Ordem Jedi ficou tão presa a valorização de suas habilidades (característica sithi) que acabou por não perceber tudo o que o Palpatine estava tramando, tudo isso debaixo do nariz de Yoda (a quem veneramos).

      Os prequels de Star Wars deixam claro como os jedis produziram o seu próprio calvário, pois se eles tivessem orientado Anakin para a amar Padmé, ele não teria buscado uma fuga para poder ama-la. O GRANDE problemas dos jedis foi continuar a reproduzir um maniqueismo de que todo amor (carnal) eh morte do dever. Pense bem, tudo que o Anakin fez foi pra em primeiro lugar para fugir dos jedis do que para se tornar um sithi, tanto que os enfrentou (leia-se dizimou). dessa forma gosto da frase “Luke tornou-se o Jedi que Yoda, Windu, e o resto do conselho nunca quiseram que Anakin se tornasse”. A partir do histórico de vida do Anakin e do Luke, afirmo a vc, que se Yoda ou Obi Wan proibissem ou Oprimissem Luke a ponto de ele ter que escolher entre salvar seus amigos, onde ele tivesse que para salva-los sucumbir a lado negro da força, tenho certeza que ele teria se tornado um Sithi.

      e ainda temos um agravante, a realidade que foi posta a Ani foi totalmente diferente a de Luke, ele não teve sentimento de amor carnal por ninguém, ele não teve que esconder seu amor a seus amigos, onde ele faria tudo por eles. Ele não teve um mentor que aos poucos foi escancarando os problemas do lado da força que ele defendia, dentre tantas outras coisas. Por isso respondendo sua ultima frase, eh possivel sim ter do

        • Zeitgeist em 14 de setembro de 2016 às 23:27
        • Responder

        Tem um ponto que acho chave no texto e no que colocou. Entendo a visão de que a Ordem estava se desfazendo e aqueles que a controlavam estavam preocupados demais com seus egos para ver isso. (E se acho que há um erro do Yoda, o erro está aí, não está no resto).
        O ponto chave que acho é que a Ordem não estava se deteriorando porque estava errada. Se fosse assim ela não teria sobrevivido por milhares de anos. Ela se deteriorou pelos seres que a conduziam.
        E o fato dela se deteriorar pelos seres não torna errados os preceitos e os princípios dela. Um princípio vem muito antes das ações das pessoas, vem antes até do que os arquétipos que movam a raça.
        Dizer que seus princípios estavam errados porque ela se deteriorou e os que vieram depois provaram isso é o mesmo que dizer que preceitos de bondade e boa convivência pregado por governos ou religiões deixam de ser válidos porque pessoas nesses meios deturpam a coisa.
        E outra, a série deixa claro que o Anakin errou em ser tão passional. Se não o fosse nada do que aconteceu teria acontecido (claro não teríamos o Palpatine sendo descoberto e as consequências poderiam ser piores ainda por falta do tal equilíbrio que o Luke trouxe). Mais ainda, a profecia dizia que ele traria o equilíbrio, quando no fim ele pôs em movimento os acontecimentos que culminariam com o equilíbrio, mas quem fez o equilíbrio acontecer foi o Luke. E o Luke quase jogou tudo por água abaixo por ser tão passional quanto seu pai.
        Concordo com você que o Luke poderia ter se tornado um Sith por sua rebeldia. Mas é exatamente esse o ponto que considero problemático da história e não os Princípios que a Ordem trazia.
        Temos que lembrar que os filmes simbolizam a jornada do Herói e sempre, em algum ponto, o herói procurará o meio fácil, rápido para solucionar os problemas e se dará mal. Isso aconteceu com o Anakin, mais de uma vez. Aconteceu com o Luke ao ser avisado pelo yoda e enfrentar a caverna e de novo ao ir enfrentar o Vader.
        E se formos analisar friamente, são exatamente os preceitos da Ordem que fizeram tudo dar certo no final.
        Luke chega sim a abandonar seus amigos. Ele confia que eles cumprirão a missão, mas para ele cumprir a sua, ele tem que abandonar seus amigos à própria sorte e, desta vez, sem pensar em voltar para salvá-los caso a coisa aperte. Ao enfrentar Vader, ele durante todo tempo mantém o máximo possível da calma e os preceitos da Ordem em mente. No único momento que perde a cabeça passionalmente, quase mata seu pai e passa para o lado negro.
        No entanto, quando passa a bola para seu pai, mostrando através da ação tudo o que seu pai viveu e acreditou na ordem e com seu sofrimento que o sacrifício é necessário sim, mas um sacrifício diferente agora de seu pai, ele consegue cumprir sua missão e redimir seu pai.

        De novo, acho que os filmes tentam mostrar continuamente que o problema não está nos governos, não está nos preceitos, não está nos princípios, não está em uma teórica moral superior, está nas pessoas que interpretam cada uma dessas coisas como lhes convém (A República falindo após milhares de anos, a Ordem Jedi desmoronando, o Senador de um mundo extremamente pacifista se tornando o Imperador do Universo, A Liga de Comércio fazendo um bloqueio a Nabu (como se esse fosse um planeta perigoso)… Há N exemplos por toda a série, e por toda a história, na minha opinião o GL tenta deixar claro (assim como é a tarefa do Herói já que a série exprime o mito do herói) que que quando a visão macro é substituída pela visão micro, os interesses se confundem e os Princípios se perdem

    • Hugo Faccion em 27 de outubro de 2016 às 04:34
    • Responder

    O próprio George Lucas falou que não sabe o que significa a profecia “trazer o equilíbrio a força”, você ficam teorizando como se tivessem escrito SW e ainda por cima tem a audácia de rotular os personagens, deprimente.

      • Marcelo Eduardo em 28 de outubro de 2016 às 09:28
      • Responder

      É por isso que se chama teorizar. Se tivessemos escrito SW, não seria teoria, nem artigo ou especulação. Seria fato.

      Sobre a profecia, tem um featurette bem legal que saiu no ep. 3:
      https://www.youtube.com/watch?v=UqLsQClut5c

      E concluindo: que mal há em especular, debater, teorizar? Essa é a beleza da Saga!

        • Hugo Faccion em 31 de outubro de 2016 às 00:47
        • Responder

        Problema nenhum em teorizar, mas qual a propriedade que se tem para dizer isso? Já que nem o criador da saga sabe.
        Fatos também podem ser teorizados, a questão aqui é que como vamos especular algo que nem o Lucas tem ideia? Fica muito vaga a discussão não acha?

        “Yoda morreu sem aprender com seu erro.”

        “Luke tornou-se o Jedi que Yoda, Windu, e o resto do conselho nunca quiseram que Anakin se tornasse.”

        Rótulos não são somente apontamentos incisivos, mas também subjetivos.
        Yoda não errou, temos que ter em mente que há uma disciplina voltada para o controle da força, disciplina qual ele segue e isso serve para todo o resto do conselho Jedi. Essas falam para MIM parecem rotular Yoda e o Conselho como uma ceita conservadora e fanática pelos seus costumes, que eu não acredito que seja. Acredito que como a força é algo muito volátil é essencial que ela seja assegurada, não sei se vocês curtem o Universo Expandido de SW, a historia da Asajj Ventress como que a volatilidade da força em pessoas com sentimentos é maior, nisso eu te pergunto, imagina um mundo cheio de Asajjs e Anakins?

          • Marcelo Eduardo em 31 de outubro de 2016 às 09:24
          • Responder

          Vamos por partes, Hugo:

          “Como vamos especular algo que nem o Lucas tem ideia? Fica muito vaga a discussão não acha?”

          Não acredito que deixe vaga a discussão, até porque os textos são mesmo para gerar os debates, e é isso que estamos tendo. Aliás, adoro debater a Saga, isso dá saudade da época dos fóruns e debates por email! E é por isso que é especulativo, porque ele não sabe. Se ele soubesse a gente falaria: “Então 1 + 1 = 2” e você responderia “Exato”. E morreria aí.

          Como você mesmo disse os rótulos são subjetivos e a prórpia história deixa em aberto para diversas interpretações e o texto apresenta uma delas. Quanto aos dois trechos que você citou:

          “Yoda morreu sem aprender com seu erro.” – Ele morreu. Ele foi receoso ao treinamento de Luke assim como de Anakin por ainda estar preso na doutrina dos Jedi (“Ele é velho demais). Você disse que eu pregava que o Conselho Jedi era uma “seita conservadora e fanática pelos seus costumes”, mas é justamente isso que o filme nos mostra e é assim que o Palpatine ganha o Anakin tão fácil. Nesse assunto, recomendo se você gosta de podcast, que você confira nossas edições que debatemos sobre os filmes, principalmente o das prequels onde além da política, falamos sobre a visão limitada e dogmática do Conselho: http://www.jedicenter.com.br/category/podcast/datacron/

          “Luke tornou-se o Jedi que Yoda, Windu, e o resto do conselho nunca quiseram que Anakin se tornasse.” – Luke abraçou o amor pelo pai, o apego por ele. Enquanto Yoda e Obi-Wan falavam que Luke tinha que matá-lo pois Anakin não existia mais, Luke foi lá e conseguiu trazer seu pai de volta à luz. Eles ainda estavam tentando orientar Luke seguindo os preceitos da Ordem. Anakin precisava suprimir os sentimentos pela mãe, por Padmé… Luke não fez isso e se tornou um Jedi maior que Anakin, Obi-Wan e Yoda (não em termos de poder da Força, talvez, mas em atitudes).

            • Raphael dias santana em 31 de outubro de 2016 às 11:16

            De fato, o Marcelo aqui tem um ponto interessante. Assim como você. Se nos aprofundarmos veremos sim que a antiga ordem Jedi estava em termos voltada a doutrina, esquecendo do individuo e focando naquele coletivo. Ela não queria demonstrar fraqueza e Jedi como Anakin e outros tinham que esconder o que estavam sentindo porque não seriam bem vistos pela Ordem se estivessem sentido. Em si, a saga Star Wars começa com um Jedi diferente (Qui Gon) que se preocupava mais em cumprir os desejos da Força Viva em si, do que um código e uma Ordem, e termina com um Jedi de mesmo ideal. A Ordem estava ficando arrogante em vários sentidos, vemos principalmente na série The Clone Wars, isso acontecendo aos poucos, alguns Jedi como o próprio Yoda e Obi Wan começam a perceber isso. Se você pegar o ultimo arco da série que é o de Yoda, vemos que quando ele escuta a voz de Qui Gon, o Conselho diz que é impossível que alguém morto não consegue se manifestar após a morte, e já apontam o fato que Mestre Yoda, está sendo enganado pelo Lado Sombrio e Yoda e depois o próprio Anakin dizem “Mas e o que não sabemos”. Então, em sua arrogância, o Conselho achava que sabia tudo sobre a Força, e o código tinha que ser seguido a risca. E isso deu poder a apenas Palpatine, porque de fato, nem o próprio Mace Windu seguia o Código Jedi á risca.
            Interessante, esse ponto porque, no episódio III, Mace está prestes a matar Sidious, que estava aparentemente desarmado, o código Jedi proibia isso; No começo do filme, Anakin mata um prisioneiro desarmado (Dokan), mas mesmo assim ele diz a Mace que “Um Jedi não faz isso” e Mace diz a mesma frase que Palpatine diz para Anakin “Ele é perigoso demais para ficar vivo”. Enfim, to falando um monte de coisa, deixa eu chegar no ponto.
            A questão é que Anakin queria seguir o código, era um esforço diário para ele agir conforme o Conselho queria que ele seguisse, mas quando ele vê um membro do Conselho indo de confronto ao próprio ideal que o Conselho defende, ele perde fé naquele método. Em si, isso mostra que os Jedi realmente falharam, Yoda percebe isso quando diz no final de “A Vingança dos Sith”, “Eu Falhei”. O que acaba comprovando que Jedi como Luke e Qui Gon estavam certos o tempo todo, não é errado você ter emoções, algumas como o amor e compaixão deveriam ser cultivadas até. E gradativamente Yoda e Obi Wan começam a perceber os erros que eles cometeram. Apesar de terem começado a perceber a arrogância no Conselho, e o erro que estavam cometendo, pela experiência com o próprio Anakin, eles ficam receosos pelo comportamento de Luke. Em todo o momento ambos dizem que Luke deveria derrotar Vader, mas Luke sabe que não conseguirá fazê-lo. Obi Wan e Yoda temem que Luke se torne um outro lorde sombrio, que é o que quase acontece. Quando Luke se entrega a raiva por seus amigos, quando ele ataca Vader na Estrela da Morte e o derruba, ao se acalmar e ver o braço mecânico de Vader, ele percebe que estava sim errado se apressar ao ajudar seus amigos quando ele teve as visões de Vader os torturando. Ele estava errado em enfrentar Vader utilizando a raiva. Mas ele estava certo ao amar seus amigos, ele estava certo ao amar seu pai. O amor de Luke, é o suficiente pela ele lançar se sabre de luz de lado e sem medo da morte dizer ao Imperador “Eu sou um Jedi, como meu pai antes de mim”. E então o amor acaba salvando a Galáxia nesse momento, provando que não era uma emoção a ser esquecida, mas a ser preservada….
            Acho que o texto não ficou muito bom mas espero ter ajudado.

            • SanX em 17 de dezembro de 2016 às 02:12

            Concordo que o Yoda e os Jedi como um todo erraram. Nas prequels isso fica bem claro. O próprio Yoda diz no ep. II que os Jedi se tornaram arrogantes. E por não ajudarem o Anakin, ele cai para o lado negro.

            Por exemplo, quando o Anakin teve os seus sonhos com a morte de Padmé, ele procurou a ajuda de Yoda. E qual foi o conselho? “Treinar para se desapegar do que tem medo de perder”. Ai logo depois ele ouve o Palpatine dizer “era possível impedir quem amamos morrer”. Era óbvio qual o lado Anakin escolheria.

            Anakin precisava de mais que um mestre. Precisava de um pai. Obi-Wan foi um bom mestre, mas como ele mesmo admitiu na luta final do ep. III “eu falhei com você Anakin, eu falhei com você”. E falhou mesmo, não por ser um mal meste, mas por ser o mestre que foi ensinado a ser. Por ser mais mestre, e menos pai. Por não ter esse apego, que a ordem combatia. E quem foi que preencheu essa lacuna? Exatamente o Palpatine. Ele foi o pai que o Anakin precisava. E pouco a pouco foi ganhando ele.

            É por isso que eu concordo que Yoda e a ordem erraram. Pois enterraram os sentimentos, quando deveriam ter feito isso apenas com as emoções. Proibiram os relacionamentos, e isso os tornou impessoais, frios, e mais suscetíveis ao seu próprio ego. Arrogantes, sem conseguir ver um lorde sombrio por décadas debaixo do seu nariz.

            Por isso, Qui-Gon estava certo. O Lado Cinza. Se permitir os sentimentos, mas não deixar que eles o dominem. Foi o que o Luke fez. Foi o que o Revan fez ao voltar para a ordem no final de Kotor. É o que os Jedi deveriam ter feitos.

            É irônico, que por se manterem tão longe da escuridão, os Jedi tenham ficado cegos pela sua própria luz. Faltou o equilíbrio. Equilíbrio que Anakin trouxe, por destruir a Ordem Jedi e destruir os Sith no final do ep. VI. Para uma nova ordem Jedi nascer. Livre da escuridão, mas liberta dos dogmas que os cegavam no passado.

            Posso estar errado, mas e como eu penso.

          • Hugo Faccion em 31 de outubro de 2016 às 18:32
          • Responder

          Entendo o que vocês dizem, tenho que ver mais algumas discussões para me situar melhor, digitar esses textos é muito complicado! Prefiro as conversas em bares! hahahhaha

    • Alan em 18 de dezembro de 2017 às 07:31
    • Responder

    Olá eu vim do futuro dizer que o seu texto acertou na mosca

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