Princesa Leia para eternidade

No último dia 21 de Janeiro, cinco milhões de pessoas ao redor do mundo participaram da Women’s March. Organizado para defender não somente o direito das mulheres, mas igualmente de imigrantes e outros grupos que sofrem constantemente com preconceito, o movimento também ganhou notoriedade por ter como um de seus principais símbolos a Princesa Leia. E essa assídua presença nas manifestações, marcadas pela heterogeneidade quanto ao público, mostra claramente que a nossa amada Carrie Fisher não nos abandonou.

Antes de abordar o protesto, quero comentar sobre os motivos que tornaram a personagem interpretada por Carrie ser tão especial. Embora diversos sites, blogs e variados já tenham feito incontáveis publicações sobre o assunto, não poderia omitir minha opinião, e muito menos informação. Afinal, quando planejei esta postagem, queria especialmente fazer uma homenagem. Mas não qualquer homenagem. Meu desejo é mensurar corretamente para futuras gerações a importância que Carrie Fisher, sob o papel da Princesa Leia Organa, teve desde a sua criação lá na década de 70 até agora.

A origem

Ao ser lançado em 1977, Star Wars IV: A New Hope tinha como premissa a diversidade de dualidades. O conflito entre bem e o mal, a divergência do lado sombrio e o lado da luz, a Aliança Rebelde versus o temível Império Galáctico. Perante esse cenário multifacetado, naturalmente grandes ícones surgiram. Na vertente imperial, Darth Vader de forma incontestável tornou-se o maior vilão dos filmes e da franquia Star Wars. Já na facção rebelde, o destaque não ficou sendo exclusivo a somente um personagem, estendendo-se para três protagonistas amados por todos os aficionados pela série. Logicamente estou me referindo a Luke Skywalker, Han Solo e Leia Organa.

O clássico trio de Star Wars

O clássico trio de Star Wars

Mais uma vez, a pluralidade imposta por George Lucas foi a responsável na manifestação de tantos heróis notáveis. Luke era a figura simplista, retratando o fazendeiro que sonhava em conhecer o universo além de Tatooine. Han Solo se caracterizava através da sua canalhice, excesso de confiança e, sobretudo ganância, ainda que posteriormente mostrasse ser um bom homem. Em oposição ao contrabandista, a Princesa Leia desempenhava o papel da mulher guerreira, a qual simultaneamente não deixava de expressar sua feminilidade e sutileza, mesmo estando entre os comandantes da Aliança.

A valentia unida ao charme da Senadora de Alderaan pode ser explicada com base em suas origens. Segundo o estudo “The Force of Star Wars: Examining the Epic”, grande parte do desenvolvimento de Leia foi sustentado nas personagens Dale Arden e Aura, integrantes da Space Opera que influenciou vários elementos no universo Star Wars, Flash Gordon. Dale caracterizava-se principalmente por sua coragem e cenas de ação, enquanto Aura era uma princesa aliada aos heróis do seriado. Juntando ambas as personalidades, nitidamente chegamos às qualidades predominantes de Leia.

Uma heroína a ser temida

Planeta natal destruído. Bail Organa, seu pai adotivo, morto. Prisioneira na Estrela da Morte. Responsável por manter a esperança dos rebeldes. Apesar de contar com essas e outras perdas e responsabilidades, Leia jamais abaixou a cabeça. Não cedeu a tortura imperial, ou aos procedimentos cruéis de Grand Moff Tarkin. Permaneceu lutando, fosse à força bruta com um blaster, habilidosamente disparando os canhões da Millennium Falcon, ou em contrapartida usufruindo de sua inteligência na coordenação dos planos rebeldes. Resumidamente, uma guerreira completa e independente.

Diante dessa natureza audaciosa, a reluzente Skywalker propiciou inúmeras ocasiões tanto no antigo universo expandido (Legends), quanto no cânone, em que unicamente sua idoneidade era capaz de tirá-la do perigo e superar situações adversas. E logo a seguir, visando demonstrar a força e dedicação da Princesa, selecionei alguns dos meus momentos favoritos dela nos filmes, livros e quadrinhos.

Sombras do Império (Livro)

Leia e Chewie na HQ "Sombras do Império"

Leia e Chewie na HQ “Sombras do Império”

Situado entre os Episódios V e VII de Star Wars, a história contada no antigo projeto multimídia Shadows of the Empire (livro/HQ/videogame – Legends) exibe um conjunto espetacular de virtudes referentes à Leia. Porém, o que me marcou foi a resistência oferecida por ela em relação ao Príncipe Xizor. Líder do Sol Negro, Xizor era da espécie Falleen, a qual exalava diversos hormônios que seduziam praticamente qualquer raça do sexo oposto. Obviamente, o criminoso tentou persuadir a Princesa com seu poder particular, mas acabou falhando, devido, sobretudo ao amor sentido por Han Solo e seu objetivo de tirar Luke Skywalker do perigo.

Trilogia Thrawn (Livro)

Herdeiro do Império, Ascensão da Força Sombria e O Último Comando. Esse conjunto de três livros constitui a aclamada Trilogia Thrawn (Legends), a qual servia como continuação do Retorno de Jedi. Durante o desenvolvimento do enredo, a maternidade enriquece o personagem de Leia, exposto em um cenário tenso e conflituoso. Após a destruição da Segunda Estrela da Morte, o Império continuou ameaçando a galáxia, e a Princesa junto dos seus filhos passaram a ser alvo do temido clone Joruus C’baoth. Independentemente disso, Leia não renunciou ao seu novo posto no Conselho da Nova República, agindo constantemente nos ataques contra Thrawn e defendendo sempre que possível seu irmão. O “detalhe” é que ela realiza tudo isso simultaneamente ao nascimento de Jaina e Jacen.

Alvo Em Movimento (Livro)

Obra pertencente ao novo cânone estabelecido pela Disney, e que integra o projeto “Jornada para o Despertar da Força”, Alvo em Movimento também se passa entre o Império Contra-Ataca e o Retorno de Jedi. Na narrativa, a Aliança Rebelde descobre que o Império está construindo uma nova Estrela da Morte. Contudo, o projeto da superarma já entrava em fase final, e os rebeldes precisavam agir rapidamente para evitar o triunfo de Vader e Palpatine. Tendo isso em mente, Leia, Mon Mothma e outras lideranças bolaram a base do plano executado na Batalha de Endor. Todavia, como já mencionado, o Império tinha certa vantagem e os rebeldes precisavam distrair os vilões para serem bem sucedidos. E é aí que a Princesa se destaca com ousadia e capacidade de aposta e sacrifício. Intencionada a chamar atenção dos imperiais, ela bolou uma missão secreta que consistia em viajar para vários planetas e plantar balizas convocando Rebeldes para um grande encontro. Porém, a grande sacada, e que somente Leia tinha conhecimento, é que as mensagens podiam ser “quebradas” pelo Império, expondo assim a localização da célula rebelde. Uma estratégia suicida que somente alguém como Leia poderia carregar nas costas.

Star Wars – Princesa Leia (HQ)

Princesa Leia, por Terry Dodson

Princesa Leia, por Terry Dodson

Publicada em 2015 nos Estados Unidos, e 2016 no Brasil pela Panini, a minissérie Princess Leia ocorre na transição do Episódio IV para o V, integrando o novo cânone estipulado pela Disney. Particularmente, como fã e leitor de inúmeras obras do universo Star Wars, principalmente relacionadas ao atual universo expandido, essa HQ foi uma das que menos me agradaram. Entretanto, a contribuição para a personagem de Carrie Fisher é incontestável, e por isso decidi colocá-la neste artigo. O núcleo da história respalda-se na busca de Leia por sobreviventes do planeta Alderaan, sua terra natal destruída meses antes pela Estrela da Morte. Em meio a incontáveis desafios, especialmente os associados a perseguições imperiais, a ex-senadora Organa tem que lidar com lembranças do passado, e lutar para o que sobrou de Alderaan seja preservado. Arrisco a dizer que esta HQ sintetiza melhor a essência da personagem no sentido de ela ser forte e autossuficiente, pois em raros momentos Leia precisa ser amparada. Além disso, a Princesa ainda carrega toda a responsabilidade de salvar o que restou do seu povo sem a companhia dos heróis Luke Skywalker e Han Solo.

Império do Mal (HQ)

Já dispondo de sua resenha aqui no Jedicenter, a revista em quadrinhos Dark Empire ganhou sua primeira edição no começo dos anos 90, e tornou-se rapidamente uma das histórias populares do antigo universo expandido (Legends). Sucedendo os eventos da Trilogia Thrawn, a trama enfatiza Luke Skywalker indo para o lado sombrio com a meta de destruir o Imperador Palpatine, que retornou sob a forma de um perigoso clone. No entanto, o plano delineado por Luke acaba falhando, o que coloca o herói em uma situação arriscada. Isolado e praticamente convertido por Darth Sidious, Leia decide sozinha resgatar o seu irmão, encarando o temido vilão com suas técnicas Jedi e despertando outra vez o lado luminoso em Skywalker. Assim como na HQ Star Wars – Princess Leia, a Princesa mostra ser soberana, mas especialmente corajosa. Afinal, quem decidiria encarar o Imperador desacompanhado além de Leia?

Star Wars – Episódios IV, V, VI e VII (Filme)

Você não é baixo demais para um stormtrooper?”. Essa frase decerto foi a mais marcante de Leia em A New Hope, quando Luke chega com o intuito de resgatá-la na Estrela da Morte. E além da notabilidade, a pergunta feita pela Princesa mostra imediatamente sua audácia, desprezando o perigo de ser uma prisioneira imperial. Aliás, a valentia é uma das principais características transparecidas na personagem durante o Episódio IV. Ao ser capturada por Darth Vader no início da trama, Tarkin interroga Leia a respeito da localização dos rebeldes, e sem temer o vilão, ela decide mentir sobre a base da Aliança. Infelizmente, isso não acabou adiantando, pois o malvado Grand Moff ordenou que Alderaan, o planeta Natal dos Organa, fosse destruído. Contudo, raramente vemos (ou víamos) uma heroína encarando de igual para igual um adversário, e a Princesa realizou tal afronta em circunstâncias desvantajosas.

Leia e Han Solo, o melhor casal de Star Wars

Leia e Han Solo, o melhor casal de Star Wars

Posteriormente, nos Episódios V e VI, o que me atrai em Leia é o desenvolvimento de sua relação com Han Solo. Inserida no meio de um conflito terrível, fugindo do Império e participando das diversas missões da Aliança, a Princesa consegue arranjar forças para aceitar a sua paixão pelo contrabandista. E se não fosse por isso, perderíamos a famosa cena “Eu te amo!… Eu sei!”. Complementarmente, Leia expressa outro tipo de amor que floresce durante o Império Contra-Ataca. Evidentemente estou mencionando o vínculo dela com Luke Skywalker, que guia a protagonista rumo a um lado emocional apagado sob as crueldades da guerra. Ao ser derrotado por Vader, e não ter para onde escapar, Luke conecta-se a irmã por intermédio da Força, despertando em Leia o perigo sentido pelo Jedi naquela ocasião. Dessa forma, a Princesa foi capaz de voltar e salvá-lo na Cidade das Nuvens, oportunizando um belo momento da saga.

Por fim, trinta anos após o Retorno de Jedi, a Princesa se tornou General. E eu lamento demais que essa nova fase da personagem interpretada pela Carrie tenha sido interrompida de forma tão triste. Digo isso porque com o Episódio VII, vimos Leia assumir a Resistência e agir contra a Primeira Ordem, encarar a dor de perder tanto o filho (este, simbolicamente para o lado sombrio) quanto o marido, ainda sem poder contar com o desaparecido Luke Skywalker. Definitivamente a nova trilogia começava dessa forma a construir a consolidação dela como uma personagem capaz de lidar com qualquer desafio, mas que nunca abandonasse as raízes formadas no passado. Todavia, tenho certeza que The Last Jedi ou quem sabe o Episódio IX dará um desfecho merecido para Leia, a qual continuará a ser seguida e admirada.

Marcha para Eternidade

Cartaz da Princesa Leia na Women's March em Los Angeles

Cartaz da Princesa Leia na Women’s March em Los Angeles

Depois de elencar as memoráveis contribuições de Leia na saga Star Wars, bem como mostrar sua origem e importância, podemos voltar ao tópico que me motivou a fazer este post: a Women’s March.

Dois meses atrás, precisamente em Janeiro, tive a oportunidade de viajar para Nova Iorque pela segunda vez. A cidade é diversificada, seja na culinária, opções para lazer, possibilidades de locomoção nas ruas e bairros, entre outros. Isso é algo que gosto muito, sobretudo por morar em São Paulo e já estar acostumado com esse cenário, ainda que em menor escala se comparada com a metrópole americana. Porém, mesmo estando ciente da agitação e variedade presente na Capital of the World, confesso ter me surpreendido durante o dia 21 daquele mês.

Voltando de metrô para o hotel, passei a notar que muitas pessoas carregavam consigo faixas de repulsa, majoritariamente contra o atual presidente Donald Trump. A princípio eu pensava que seria uma manifestação concentrada, a qual não causasse tanto alarde. Todavia, ao desembarcar na minha estação de destino, encontrei um cenário inesperado: a 5ª Avenida superlotada, ensurdecedora e com cada vez mais gente se juntando ao protesto. A quantidade de manifestantes era tanta que múltiplos acessos foram bloqueados e fui obrigado a cruzar a passeata, surpreendentemente de forma tranquila, para chegar onde estava hospedado.

Acontece que além da multidão, outro fator chamou a minha atenção naquela tarde. Desde crianças até idosos conduziam cartazes referentes a personagem de Carrie Fisher, Princesa Leia. Foi fantástico vê-la como um dos símbolos do protesto, praticamente um mês após o seu inesperado falecimento. E aqui gostaria de ressaltar que, independente do posicionamento político, é emocionante notar como a heroína originada lá na década de 1970 conseguiu ser eternizada. Mas não só isso, muito além da Princesa temos uma atriz memorável que nitidamente deixou a sua marca na vida de milhares de pessoas, as quais encontram nela princípios a serem trilhados.

Charles Warner, contribuidor da Forbes, comentou sobre o marco histórico ilustrado por Leia:

Deve ser gratificante para a família e os amigos de Carrie Fisher que seu personagem em Star Wars, a princesa Leia, seja mais popular que o presidente dos Estados Unidos, e que o caráter imortal de Carrie se tornou um símbolo de resistência. A criação do mundo de Star Wars por George Lucas foi impulsionado pela tecnologia, os gráficos gerados por computador (CGI), que mudaram a forma como os filmes foram feitos. Contudo, a Women’s March foi impulsionada pela tecnologia, também. Sem a capacidade de coordenar as marchas do protesto em todo o mundo via Facebook, Twitter e outras plataformas de mídia social, e sem cobertura de mídia mundial, um protesto no qual um número estimado de três milhões de participantes globais, uma massa massiva e diversa de pessoas não poderiam ter se reunido.

E a participação da Princesa fica ainda mais impressionante ao constatarmos sua imagem espalhada pelo mundo inteiro, conforme vemos nas imagens a seguir.

Women's March em Lyon, França

Women’s March em Lyon, França

 

Women's March em Washington, Estados Unidos

Women’s March em Washington, Estados Unidos

 

Women's March em Los Angeles, Estados Unidos

Women’s March em Los Angeles, Estados Unidos

 

Women's March em San Francisco, Estados Unidos

Women’s March em San Francisco, Estados Unidos

A marcha também incentivou a criação de posters personalizados para Leia, como o “Woman’s Place is in the Resistance“, que foi um dos mais prestigiados no evento. Hayley Gilmore, artista da obra, avaliou a relevância da personagem no contexto da manifestação:

A Woman’s Place Is in the Resistance - Hayley Gilmore

A Woman’s Place Is in the Resistance – Hayley Gilmore

Eu acho que o retrato de Carrie Fisher como Leia na franquia de filmes de Star Wars ressoa em muitas mulheres porque ela é uma mulher feroz, inteligente, encantadora e poderosa. Faz sentido que os manifestantes se refiram a Leia, especialmente depois da morte de Carrie. É uma maneira de honrar uma mulher que defendia suas crenças.

Becca Benjamin, editora do site “The Cantina Cast“, contribuiu da mesma forma ao publicar sua primeira lembrança relativa a Princesa Leia, a qual escolhi especialmente para dar desfecho a este post. É um lindo relato representando perfeitamente a infância de muitas mulheres fãs da saga, que já devem ter sonhado pelo menos uma vez em ser a destemida irmã de Luke Skywalker.

A princesa Leia foi a primeira princesa que conheci, e ela era de outro mundo, uma galáxia inteiramente diferente daquela que viria a conhecer mais tarde na minha vida. Com quatro anos de idade, ou perto disso, ela deixou uma impressão duradoura em mim. Eu queria ser ela. Minhas primeiras lembranças são do verão de 1978 em Sprague Brook Park Campgrounds. Meu irmão e primos estavam brincando de Star Wars no bosque e usando paus como sabres de luz e blasters. Antes de me juntar a eles, lembro-me de perguntar, sem argumentar com minha mãe para deixar o meu cabelo igual ao penteado de Leia (Leia Buns). Eu não poderia ter ficado mais feliz. Correr para se juntar a eles, ir jogar Star Wars, e parecer como a minha heroína. Muito antes de saber o que significava heroína.

[Extra] A opinião dos seguidores

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O Jedicenter, através do Facebook, perguntou aos seguidores “Por que a Princesa Leia é importante para você?“. Logo abaixo temos as respostas dos fãs Sammy Soares, Jadde Michelle, Márcio Carneiro e Fernando Oliveira, respectivamente, que contribuíram com nossa postagem. Agradeço muito pela participação de todos, e espero que o artigo tenha cumprido o seu papel como homenagem.

Porque ela acreditava nos ideais da Democracia e da Justiça, lutava por uma Galáxia Livre, onde todos pudessem ter o direito de ir e vir e acima de tudo isso, apesar da realeza, em sua juventude se importava com seu povo mesmo sabendo que Alderaan não era seu lugar de origem. Isso faz dela uma mulher fantástica e sensacional. Sinto bastante a sua perda.

Porque ela era incrivelmente inspiradora: me ensinou a lutar pelo que se acredita, ensinou que uma mulher pode ser forte, altruísta, guerreira. Porque ainda tão jovem ela se dedicou à liberdade de uma galáxia inteira, entrando de cabeça em uma luta pelo bem maior, enfrentando as perdas e as dores de cabeça erguida porque ela acreditava em seus ideais acima de tudo.

Sempre me chamou atenção a jovem guerreira, corajosa e aventureira; mas após o triunfo sobre as forças do mal, quis o destino que ela enfrenta-se sua maior provação, respondendo pelos erros de seu pai e seu filho. Sua importância, não só pra mim, minha filha de quatro anos ama a princesa Leia e logo vai amar a General Organa, afinal não poderia ser diferente.

Leia é uma presença transformadora. Suas atitudes transformaram um contrabandista em comandante e um fazendeiro em Jedi. Transformou uma rebelião interplanetária em uma nova república galática. Transformou opressão em esperança. Ela não é nobre porque é princesa. É nobre porque oferece a opção de mudar o ambiente onde vive.

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