Em uma entrevista ao EW, o co-roteirista Gary Whitta comentou como alguns elementos de Rogue One se desenvolveriam originalmente, incluindo o final.
Na versão inicial do “final feliz”, não havia nenhum Bodhi Rook, Chirrut Imwe ou Baze Malbus. Jyn era um soldado rebelde recrutada, em vez da criminosa de rua recrutado em uma missão de espionagem. Whitta comenta:
Na verdade, alguns dos brinquedos que são vendidos ainda dizem Sargento Jyn Erso. Isso é quem ela era, ela era um sargento na Aliança Rebelde. Quando mudamos isso, alguns dos brinquedos já estavam em produção. Eu tenho uma Sgt. Jyn Erso na minha mesa, mesmo que ela não seja no filme.
Ela ainda comandava uma força de ataque com um personagem do tipo Cassian Andor (“Ele era chamado de algo diferente na época“, diz Whitta) e o dróide de segurança K-2SO sempre fazia parte da equipe.
E todos viveriam para salvar o dia?
Eu não diria que todos sobreviveriam. K2 sempre morreu. Jyn sobrevive, “Cassian” também. Houve um monte de baixas em ambos os lados, em ambas as versões dos scripts.
Nunca chegou a ser filmado dessa maneira, mas assim que seria o final:
A Estrela da Morte emerge do hiperespaço para destruir Scarif e proteger os segredos do Império, destruindo as instalações especiais de armas junto com a incursão Rebelde. Mas dessa vez não houve uma transmissão de última hora dos planos de uma torre de satélite. Jyn e Cassian tentam escapar da superfície carregando as fitas de dados.
Uma nave rebelde desce e os tira da superfície. A transferência dos planos acontece mais tarde. Eles saltam para longe e mais tarde a nave de Leia vem de Alderaan para ajudá-los. A transferência de dados de nave para nave acontece fora de Scarif.
Darth Vader ainda estava em perseguição e começa a atacar a nave de Jyn enquanto os Rebeldes tentavam desesperadamente transferir as informações das fitas de dados para a nave de Leia. Finalmente, Vader conseguiu romper seus escudos e destruir a nave de Jyn. O público teria ficado com medo dos heróis estarem mortos. Vader continua a perseguição da nave Tantive IV de Leia, mas teríamos permanecido focados nos fragmentos da nave destruida flutuando na vastidão do espaço.
Eles escaparam em um pod de fuga a tempo. A cápsula parecia apenas mais um pedaço de detritos.
Não gosta desse final? Nem os criadores. É por isso que eles imploraram para mudá-lo. Whitta conclui:
Nosso instinto original sempre foi de que todos eles deveriam morrer. Vale a pena. Se você vai dar a sua vida para alguma coisa, dê para destruir uma arma que vai te matar de todo o jeito. Isso foi o que sempre quisemos. Mas não exploramos porque tínhamos medo da Disney não deixar, deles pensarem que era sombrio demais para um filme de Star Wars e para a marca deles.
Estávamos nos coçando com a ideia de que todos eles precisavam morrer. Chris Weitz, outro roteirista, achou que estávamos certos. Então lutamos por isso e falamos para a Lucasfilm que sentíamos que eles precisavam morrer e Kathleen Kennedy e os outros nos deram o sinal verde. Tivemos o fim que queríamos.
O fato de que tivemos que nos revirar tanto para mantê-los vivos foi a maneira dos deuses da escrita nos dizendo que se eles acabassem vivendo, não seria tão difícil. Decidimos que eles deveriam morrer na superfície [de Scarif], e foi assim que terminou. Estávamos constantemente tentando fazer com que todas as peças se encaixassem. Nós tentamos cada única idéia. Eventualmente, através de um desenvolvimento sem fim você passa por um processo evolutivo onde a melhor versão chega ao topo.
1 comentário
Prefiro a versão que foi aos cinemas mesmo!