Ser fã é algo curioso. É difícil tentar entender como um filme, série, personagem ou artista tem o poder de marcar nossas vidas, e em diversos momentos, sentimos a vontade de externalizar esse fascínio. Seja vestindo camisetas, comprando produtos relacionados como colecionáveis ou marcando na pele através de tatuagens, a verdade é que ser fã vai muito além disso. Não que exista uma verdade absoluta ou uma receita de como se tornar fã de algo, mas com certeza uma das coisas mais deliciosas é ter a oportunidade de compartilhar desse sentimento com outras pessoas.
É a partir desse pensamento que surge a JEDICON, um evento voltado aos amantes de “Star Wars”, que acontece em diversos estados do país, como São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, e que teve sua edição de 2024 aqui na terra da garoa realizada no último sábado (21), em meio à comemoração de 25 anos dos seus idealizadores, o Conselho Jedi São Paulo.
Como um piloto de primeira viagem na convenção, confesso que me senti um pouco perdido em um primeiro momento. Estar no meio de tantos fã-clubes e criadores de conteúdo soou intimidador, como se algo dentro de mim acreditasse ser mensurável “quem é mais fã” e se eu me enquadrava nesse rótulo. Mas isso passou, quase que instantaneamente, assim que meus pés pisaram no evento. Nada disso importava lá, a não ser uma coisa: o sentimento que unia todos os presentes em relação a “Star Wars”.
Com isso, mergulhei de cabeça para explorar e desfrutar de tudo o que a convenção tinha a oferecer. Foi um momento perfeito para encontrar amigos pessoalmente e conhecer novas pessoas.
Você se sente como se estivesse caminhando pelo Templo Jedi, por uma cantina em Mos Eisley ou um dos cassinos de Canto Bight. Tudo ganha vida, seja pelos painéis que reúnem fãs de diversas idades em um espaço confortável para conversar sobre a franquia; pelos talentosos e talentosas cosplayers, que trazem à vida nossos personagens favoritos ou até mesmo pelo Artists’ Gallaxy, espaço dedicado para artistas, considerado o coração de várias convenções através do mundo. Assim como Han Solo na Millenium Falcon, me senti em casa.
Em meio a tantas incertezas que a franquia vem enfrentando nos últimos anos, passando por séries e filmes que foram mal recebidos, cancelamentos e até mesmo por certa parcela tóxica do fandom que se mostrou impossível de dialogar, uma coisa ainda se salva e nos faz lembrar o porquê de “Star Wars” ser tão especial: o senso de comunidade criado pelo amor que nós, os fãs, sentimos.
Goste você da trilogia clássica, das prequels, das sequels, das séries ou simplesmente só do Grogu pela sua fofura, a JEDICON é o lugar perfeito para externalizar esse sentimento e se consagra como uma das principais responsáveis por manter acesa essa fagulha dentro de nós.
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